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Enel vai dar isenção de tarifa para clientes de SP afetados pelo apagão; veja se você tem direito

Consumidores que ficaram 48 horas ou mais sem energia elétrica terão três meses de isenção nas contas

30 nov 2023 - 15h54
(atualizado às 16h25)
Apagão deixou cerca de 1,4 milhão de residências ficaram no escuro em São Paulo
Apagão deixou cerca de 1,4 milhão de residências ficaram no escuro em São Paulo
Foto: Vincent Bosson/Fotoarena/IMAGO

Clientes da Enel São Paulo, concessionária de energia elétrica na Grande São Paulo, cadastrados no programa Tarifa Social que ficaram sem energia elétrica por 48 horas ou mais após o apagão no dia 3 de novembro terão isenção do pagamento de três meses de contas de luz. A medida foi anunciada nesta quinta-feira, 30, pela própria concessionária.

A isenção é válida a partir do mês de dezembro, de acordo com o a concessionária. O auxílio será concedido também aos clientes residenciais que utilizam equipamentos elétricos para sobreviver, previamente cadastrados na distribuidora, os chamados eletrodependentes.

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Os clientes que tiverem débitos anteriores com a distribuidora terão o abono de até três contas em atraso. A isenção nas contas de energia vale apenas para os clientes que já estavam cadastrados nessas categorias antes da forte tempestade de 3 de novembro em São Paulo, que derrubou dezenas de árvores sobre a rede elétrica e deixou aproximadamente 2,9 milhões de endereços ficaram sem luz.

A Tarifa Social de Energia Elétrica é um programa do governo federal que garante tarifas até 65% mais baratas para famílias de baixa renda inscritas no CadÚnico e no Benefício de Prestação Continuada (idosos com mais de 65 anos ou pessoas com deficiência). O cliente pode checar na conta de luz a informação de que está sendo faturado com a Tarifa Social.

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"Essa medida de apoio demonstra a sensibilidade e o compromisso social da empresa, cuja atuação é pautada pelo relacionamento responsável com as comunidades em que atua, especialmente com aqueles clientes mais vulneráveis", diz a nota da empresa, que passou por uma troca de comando após a crise causada pelo apagão. .

A previsão inicial era de que o restabelecimento ocorreria até a terça-feira, 7, mas ao menos 1,3 milhão de localidades permaneciam sem luz até quinta-feira, 9. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a gestão municipal iria processar a concessionária pelo descumprimento do prazo. Em algumas regiões, a falta de fornecimento de energia chegou a uma semana.

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O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que estuda criar um projeto de lei para facilitar o manejo de árvores no Estado. "O grande vilão desse episódio foi a questão arbórea, foi questão da quantidade de árvores que, por falta de manejo adequado, acabaram caindo sobre a rede", disse o governador.

Max Xavier Lins, presidente da Enel Distribuição São Paulo, também afirmou que a queda de árvores foi responsável por 95% das ocorrências de falta de luz. Segundo a empresa, cerca de mil árvores derrubadas no temporal atingiram a rede elétrica. "A questão da vegetação é o principal ofensor", disse.

De acordo com o executivo, o temporal, com rajadas de vento de mais de 100 km/h, não foi previsto por institutos de meteorologia e que a empresa estava preparada para ventos da ordem de 55 km/h.

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