Oferecimento

Entidade prepara proposta para expandir oferta de energia

Segundo associação, projetos podem entrar em operação em dois ou três anos

20 mai 2014 - 17h27
<p>Ideia é possibilitar que cerca de 4 mil megawatts (MW) em projetos de geração saiam do papel</p>
Ideia é possibilitar que cerca de 4 mil megawatts (MW) em projetos de geração saiam do papel
Foto: Paulo Santos / Reuters

A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel) prepara uma proposta de financiamento de projetos de geração para a expansão da oferta ao mercado livre, que deverá ser apresentada ao BNDES em junho, informou o presidente da associação nesta terça-feira.

Segundo Reginaldo Medeiros, a ideia é possibilitar que cerca de 4 mil megawatts (MW) em projetos de geração saiam do papel, aumentando a oferta de energia para o mercado livre, no qual atuam as grandes indústrias do País. "São projetos que podem entrar em operação rapidamente, em dois ou três anos", disse o executivo.

Publicidade

Hoje, o mercado livre representa cerca de 27% do consumo de energia do país, mas há potencial para que cerca de mais 12% migrem para esse ambiente, disse Medeiros. Os projetos de geração voltados para o mercado livre têm dificuldade de obter financiamentos de longo prazo, já que não conseguem dar como garantia contratos de venda de 30 anos como acontece no mercado regulado, atendido pelas distribuidoras. No mercado livre, os contratos dificilmente superam 5 anos.

"Não é porque eu não tenho contrato de energia a partir do sexto ano que eu não possa tê-lo. Eu tenho interesse de ter e, se eu não tiver, eventualmente pode se dar algum tipo de garantia corporativa. Isso dá mais segurança aos bancos", disse.

Medeiros acrescentou que os cerca de 4 mil MW em projetos que poderiam ser desenvolvidos para o mercado livre somam cerca de R$ 15 bilhões em investimento. A proposta está sendo preparada em conjunto com a consultoria PSR.

Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
TAGS
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se