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Especulações eleitorais fazem Bovespa subir 2,2%

Ações da Petrobras dispararam, assim como os papéis do setor financeiro, entre elas Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco, entre outros, liderando os ganhos do índice

26 set 2014 - 19h11
<p>Analistas e profissionais do mercado financeiro veem com bons olhos uma mudança de governo, por acreditarem em alteração da política econômica</p>
Analistas e profissionais do mercado financeiro veem com bons olhos uma mudança de governo, por acreditarem em alteração da política econômica
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

A Bovespa fechou em alta nesta sexta-feira, com o seu principal índice acima 57 mil pontos, em meio a especulações no mercado a respeito de reportagens desfavoráveis ao PT em revistas no fim de semana e expectativa para a pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial prevista para ser divulgada nesta noite.

O Ibovespa terminou com acréscimo de 2,23%, a 57.212 pontos, com o avanço puxado pela forte alta depapéis que têm sido afetados pela dinâmica eleitoral.

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As ações da Petrobras dispararam, assim como os papéis do setor financeiro, entre elas Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco, entre outros, liderando os ganhos do índice.

O volume financeiro do pregão totalizou R$ 6,4 bilhões.

Na semana, contudo, o principal índice do mercado acionário brasileiro acumulou declínio de 1%.

Profissionais do mercado ouvidos pela Reuters relacionaram parte da recuperação da bolsa nesta sessão a apostas atreladas a boatos sobre reportagens em revistas no fim de semana desfavoráveis ao PT, relacionadas a novas informações dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Polícia Federal.

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"É a repetição do comportamento sem fundamento... Com muita especulação", resumiu o operador de uma corretora em São Paulo, que pediu para não ter o nome citado, sobre a forte oscilação da bolsa nesta tarde.

A divulgação da pesquisa Datafolha às 19h também alimentou expectativas no mercado de que deve mostrar a candidata do PSB, Marina Silva, garantida no segundo turno com a presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição pelo PT.

A Brasil Plural disse em nota a clientes antes da abertura da bolsa que continua a acreditar que se a ex-senadora conseguir ficar estatisticamente empatada com Dilma em simulações de segundo turno, "é provável que ela vença".

A corretora lembrou que as últimas pesquisas mostraram alta nas intenções de voto para Dilma e na aprovação do governo, mas que Marina tem desvantagem quanto ao tempo de TV e apoio político nesta etapa, "o que deve ser muito menos desigual no segundo turno".

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Analistas e profissionais do mercado financeiro veem com bons olhos uma mudança de governo, por acreditarem em alteração da política econômica.

Entre esta sexta-feira e o sábado, será divulgada ainda pesquisa Sensus e no início da próxima semana estão previstas pesquisas Vox Populi, Ibope e novo levantamento Datafolha.

"Foi mais um dia para mostrar como as eleições estão mexendo violentamente com o mercado", disse o gestor de recursos Eduardo Roche, da Canepa Asset Management. "Ao sabor de várias especulações de pesquisas e investigações, as ações da Petrobras fecharam o dia em forte alta e recuperaram um pouco as perdas do mês", completou.

Em setembro, incluindo a sessão desta sexta-feira, as preferenciais da Petrobras ainda acumulam perda de 10,32%, enquanto os papéis ON recuam 10,48%. Desde 17 de março, quando atingiram a mínima do ano, as preferenciais da estatal ainda têm valorização de quase 77%, enquanto as ordinárias exibem ganho de cerca de 70%.

Além das eleições

As ações preferenciais da Usiminas destoaram da tendência de alta e tiveram forte queda, após o Conselho de Administração da siderúrgica aprovar a demissão de Julián Eguren do cargo de presidente da companhia.

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Já as ações da empresa com direito a voto, que não fazem parte do Ibovespa, subiram 1,52% e tiveram forte giro financeiro, em meio ao imbróglio na diretoria que envolve os controladores da companhia.

CSN acompanhou o movimento negativo de Usiminas e caiu mais de 4%.

As ações de BB Seguridade também se destacaram na ponta negativa. O BTG Pactual avaliou em nota a clientes que os números do setor de seguro de agosto vieram fracos, mas que o mercado estava exagerando.

BRF valorizou-se mais de 3%. Na quinta-feira, o seu Conselho de Administração aprovou o nome de Pedro Faria como presidente global da companhia. Também anunciou que seu Conselho autorizou a recompra do equivalente a 5 milhões de ações, ou 0,57% de seu capital, até 14 de outubro, para uso no plano interno de opção de compra de ações.

Os papéis da Vale fecharam em queda, em semana de sobe e desce e forte noticiário negativo da China relacionado ao cenário para preços de minério de ferro.

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