O estoque total de crédito no Brasil subiu 0,3% em outubro sobre setembro, a 3,373 trilhões de reais, em mais um mês de alta nos financiamentos a famílias e baixa no saldo de empréstimos fechados por empresas.
No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o estoque geral de crédito no país cresceu 3,5%. Em 12 meses, houve alta de 6,3%, já superior ao percentual de 5,7% que o Banco Central havia projetado para o consolidado de 2019 em estimativa feita em setembro.
Segundo dados divulgados pelo BC nesta quarta-feira, houve elevação de 1,1% em outubro sobre o mês anterior no estoque de crédito às pessoas físicas. Já entre as pessoas jurídicas, houve retração de 0,8%.
Também refletindo uma tendência esboçada nos últimos meses, o crédito livre, em que as taxas são livremente definidas pelas instituições financeiras, subiu 0,5% no mês, ao passo que o crédito direcionado avançou apenas 0,1%.
De janeiro a outubro, o estoque de crédito às famílias avançou 8,9%, enquanto entre as empresas foi verificado um recuo de 3,1%. O estoque de crédito livre, por sua vez, teve expansão de 8,5%, enquanto o direcionado sofreu diminuição de 2,3%.
BARATEAMENTO NO CRÉDITO
Em relação ao custo dos financiamentos no país, os juros médios caíram 1 ponto percentual em outubro sobre setembro, a 35,9% ao ano, dado que considera apenas o segmento de recursos livres.
O spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, recuou 0,5 ponto percentual na mesma base de comparação, a 30,3 pontos percentuais.
Por sua vez, a inadimplência em recursos livres ficou estável em 3,9%.