O estoque total de crédito no Brasil cresceu 1,2% em novembro, a 6,315 trilhões de reais, informou o Banco Central nesta sexta-feira, mas o volume de novas concessões de empréstimos no Brasil recuou 6,1% no período em comparação com o mês anterior.
De acordo com o BC, mesmo no dado que faz correções de sazonalidade, foi registrada uma queda de 0,7% nas concessões de financiamentos.
No mês, as concessões de financiamentos com recursos livres, nos quais as condições dos empréstimos são livremente negociadas entre bancos e tomadores, recuaram 3,9% em relação a outubro. Para as operações com recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve recuo de 21,0% no período.
Em sua última decisão de política monetária, o BC apontou que o desempenho do crédito no país está mais forte que o esperado, argumentando que esse fator impulsiona o consumo e sustenta a demanda, o que mitiga o efeito do aumento dos juros para o combate à inflação.
A inadimplência no segmento de recursos livres, ficou em 4,3% em novembro, 0,1 ponto percentual abaixo do observado no mês anterior.
Os dados do BC mostram ainda que os juros cobrados pelas instituições financeiras no crédito livre subiram 0,7 ponto percentual no mês, a 41,0%, enquanto a taxa média do crédito direcionado caiu 0,1 ponto percentual, a 10,7%.
O spread bancário, diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada do cliente, avançou para 28,5 pontos percentuais nos recursos livres, contra 28,3 pontos no mês anterior.