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'Estou triste, mas saio tranquilo pelo trabalho que fiz', diz Prates, ex-presidente da Petrobras

Executivo e ex-senador disse que deixa a estatal encaminhada, com preço abrasileirado, como o presidente Lula queria

15 mai 2024 - 13h53
(atualizado às 16h22)

RIO - Visivelmente abatido, com os olhos cheios de lágrimas, Jean Paul Prates deixou nesta quarta-feira, 15, a sede da Petrobras no Rio de Janeiro, onde foi aplaudido por empregados da empresa e amigos do setor na porta do prédio da companhia, no Centro do Rio.

"Estou triste, mas saio tranquilo pelo trabalho que fiz", afirmou o executivo, que foi demitido pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na terça-feira, 14.

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Questionado por jornalistas na portaria principal do prédio, Prates deu uma alfinetada no presidente ao falar que deixa a "Petrobras encaminhada, com preço abrasileirado, como Lula queria". Também perguntado se poderia deixar o Partido dos Trabalhadores (PT), Prates disse apenas que ainda iria "avaliar".

Ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, deixa sede da empresa no centro do Rio de Janeiro
Ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, deixa sede da empresa no centro do Rio de Janeiro
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão
Jean Paul Prates deixa sede da Petrobras, no Rio, e diz que deixou empresa encaminhada
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

O ex-senador deixou de concorrer nas eleições de 2022 para assumir o cargo. O destino do agora também executivo ainda não está definido.

Segundo Prates, durante sua gestão de um ano e quatro meses, o clima na empresa melhorou, depois da ameaça de privatização da gestão anterior, que havia deixado a categoria sem previsão de futuro.

"Cuidamos das pessoas e acabamos com aquela atmosfera ruim", disse ele, enumerando algumas das conquistas da sua gestão, como a mudança na política de combustíveis e na distribuição de dividendos.

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"A gente deixa uma empresa muito bem encaminhada, os empregados estão gostando de trabalhar novamente, deixamos a transição energética encaminhada, coprocessamento nas refinarias, impulso na indústria naval, e principalmente a política de preços que o presidente (Lula) queria", reforçou o executivo, ressaltando que tudo isso foi feito sem desvalorizar a companhia.

Durante a gestão de Prates a Petrobras teve uma valorização de mercado de mais de 100%.

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