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EUA forte faz dólar subir 1,6% e volta ao patamar de R$ 2,70

O PIB dos EUA mostra que a economia começa a dar sinais de forte crescimento, disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora

23 dez 2014 - 18h13
<p>A economia americana, capitaneada pela presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, cresceu no ritmo mais rápido em 11 anos no 3º trimestre</p>
A economia americana, capitaneada pela presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, cresceu no ritmo mais rápido em 11 anos no 3º trimestre
Foto: Kevin Lamarque / Reuters

O dólar subiu mais de 1,5% nesta terça-feira, voltando para o patamar de R$ 2,70, após a divulgação do PIB dos Estados Unidos, que mostrou fortalecimento da economia americana no 3º trimestre deste ano e motivou a ampliação de apostas de aumento de juros pelo Federal Reserve.

A moeda americana fechou em alta de 1,64%, a R$ 2,7045 na venda, após atingir R$ 2,7104 na máxima do dia e R$ 2,6521 na mínima.

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"O PIB dos EUA mostra que a economia começa a dar sinais de forte crescimento", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, acrescentando que os dados mais fortes da economia dos EUA podem levar o Fed, banco central dos EUA, a elevar a taxa de juros mais cedo que o esperado. "O mercado aqui já reagiu se comportando preocupado com essa possibilidade."

A economia americana cresceu no ritmo mais rápido em 11 anos no 3º trimestre. O Departamento do Comércio informou nesta terça-feira ter revisado para cima sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o ritmo anual de 5,0%, ante 3,9% divulgados no mês passado, citando gastos mais fortes de consumidores e empresas do que havia levado em conta anteriormente.

"O mercado estava parado com o dólar até caindo pouco logo cedo, sem nenhuma informação, mas veio o dado forte dos Estados Unidos e o rumo mudou", disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio, Marcos Trabbold.

Recesso e leilão de dólares

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O mercado de câmbio não abrirá em 25 de dezembro e 1º de janeiro e funcionará de forma limitada nas vésperas do Natal e do Ano Novo. Agentes financeiros evitavam fazer grandes operações, limitando o volume de negócios e deixando a cotação à mercê de fluxos pontuais.

Internamente, o mercado continua esperando a definição de como será a extensão do programa de intervenções diárias do Banco Central no câmbio, marcado para durar até 31 de dezembro.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, já afirmou que os leilões diários de swaps cambiais, que correspondem a venda futura de dólares, serão mantidos no ano que vem, com volumes equivalentes a entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões.

Na manhã desta terça-feira, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas rações diárias, com volume correspondente a US$ 196,9 milhões (aproximadamente R$ 527,08 milhões).

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Foram vendidos 3,5 mil contratos para 1º de setembro e 500 contratos para 1º de dezembro de 2015.

O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a US$ 9,827 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 85% do lote total.

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