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EXCLUSIVO-Trump prepara plano para impulsionar exportações de gás e perfuração de petróleo, dizem fontes

25 nov 2024 - 08h47
(atualizado às 08h48)

A equipe de transição de Donald Trump está elaborando um amplo pacote de energia, para ser lançado poucos dias após sua posse, que aprovaria licenças de exportação para novos projetos de gás natural liquefeito (GNL) e aumentaria a perfuração de petróleo na costa dos EUA e em terras federais, de acordo com duas fontes familiarizadas com os planos.

O "checklist" de energia reflete em grande parte as promessas feitas por Trump durante a campanha, mas o plano de divulgar a lista já no primeiro dia garante que a produção de petróleo e gás será classificada, ao lado da imigração, como um pilar da agenda inicial de Trump.

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Republicano, Trump também planeja revogar algumas das principais legislações e regulamentações climáticas de seu antecessor democrata, como créditos fiscais para veículos elétricos e novos padrões para usinas de energia limpa que visam eliminar gradualmente o carvão e o gás natural, disseram as fontes.

Uma prioridade inicial seria suspender a pausa imposta por Joe Biden, em ano eleitoral, sobre novas licenças de exportação para GNL e agir rapidamente na aprovação de permissões pendentes, disseram fontes. Trump também buscaria acelerar a emissão de permissões de perfuração em terras federais e reabrir rapidamente os planos de perfuração de cinco anos na costa dos EUA para incluir mais vendas de arrendamento, disseram as fontes.

Em um gesto simbólico, Trump buscaria aprovar o oleoduto Keystone, que era um ponto ambiental crítico e que foi interrompido depois que Biden cancelou uma licença importante em seu primeiro dia no cargo. Mas qualquer empresa que queira construir o empreendimento multibilionário para transportar petróleo bruto canadense para os EUA precisaria começar do zero, já que elementos como servidões foram devolvidos aos proprietários de terras.

Muitos dos termos do plano exigiriam tempo para passar pelo Congresso ou pelo sistema regulatório do país. Trump prometeu declarar uma emergência energética no primeiro dia no cargo, o que poderia testar se ele consegue contornar essas barreiras para impor algumas mudanças em cronograma acelerado.

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Trump também pediria ao Congresso que fornecesse novos fundos para que ele pudesse repor a Reserva Estratégica de Petróleo do país, fixada como um suprimento emergencial de petróleo bruto e que foi esgotada sob Biden para ajudar a administrar os picos de preços causados pela crise da Ucrânia e a alta inflação durante a pandemia. Repor a reserva aumentaria a demanda de petróleo de curto prazo e encorajaria a produção dos EUA.

Também espera-se que Trump pressione a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), órgão sediado em Paris que aconselha países industrializados sobre política energética. Os republicanos criticaram o foco da IEA em políticas para reduzir emissões. Os conselheiros de Trump o instaram a reter recursos de financiamento a menos que a IEA assuma uma posição mais pró-petróleo.

TRUMP "PLANEJA SE FORTALECER" NO GNL

Biden congelou novas licenças de exportação de GNL em janeiro para estudar os impactos ambientais, em um movimento visando obter ganhos em ano eleitoral. Sem as licenças de exportação, os desenvolvedores não podem prosseguir com os planos de construção para novos projetos. Os projetos atrasados incluem o CP2 da Venture Global, o Commonwealth LNG e o Energy Transfer Complexo Lake Charles, todos na Louisiana.

Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de gás natural e se tornaram o maior exportador de GNL em 2022, quando a Europa recorreu ao país para se livrar do vasto suprimento de energia da Rússia após a invasão da Ucrânia.

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O governo Biden prometeu divulgar o estudo ambiental antes de Trump assumir a Casa Branca em 20 de janeiro, mas isso não teria influência para o novo governo, disseram as fontes.

"A questão do GNL é uma oportunidade fácil, e ele planeja agir com firmeza sobre o tema", disse uma das fontes.

PERFURAÇÃO OFFSHORE E EM TERRAS FEDERAIS

Trump tentaria acelerar a perfuração na costa dos EUA e em terras federais.

O tempo médio para concluir uma licença de perfuração em terras federais e indígenas foi de 258 dias nos três primeiros anos da administração Biden, acima dos 172 dias durante os quatro anos da presidência de Trump, de acordo com dados federais.

A expectativa é de que Trump acelere as licenças pendentes, realize leilões com mais frequência e ofereça terras com maior probabilidade de fornecer petróleo, disseram as fontes.

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Apesar do atraso na aprovação de licenças, o Departamento do Interior de Biden aprovou, em média, mais licenças de perfuração de petróleo em terra do que o primeiro governo Trump, mostram registros federais.

A produção de petróleo em terras e águas federais atingiu recorde em 2023, enquanto a produção de gás atingiu seu nível mais alto desde 2016, de acordo com dados federais.

A atividade de perfuração em terras e águas federais é responsável por cerca de um quarto da produção de petróleo dos EUA e 12% da produção de gás.

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