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Executivos apontam 5 tendências de ESG para 2024 

Com o crescente investimento das empresas nas práticas ambientais, sociais e de governança será decisivo para o destaque dos negócios

5 jan 2024 - 06h15
Foto: Freepik

Um estudo de alcance nacional realizado pelo Centro Sebrae de Sustentabilidade, que tem por objetivo abordar o engajamento de empresários em práticas ESG, averiguou que 70% dos entrevistados já implementaram políticas de sustentabilidade em seus negócios. 

Além disso, a agenda ESG foi destacada como uma tendência disruptiva por 51% dos empresários entrevistados em uma pesquisa realizada pela Amcham Brasil. Com esse cenário, empresas que já utilizam as práticas ESG em seus negócios tendem a crescer ainda mais no ramo e serão destaque no desenvolvimento e aplicação das novidades.

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Pensando nisso, executivos de diferentes segmentos, mas que usufruem das práticas ambientais, sociais e de governança diariamente levantaram 5 tendências de ESG que serão evidência em 2024. 

Blended Finance 

Rodrigo França é administrador e especialista em gestão de pessoas, smart cities, sustentabilidade e mudanças climáticas e Presidente do Instituto I.S., organização social civil privada e sem fins lucrativos que vem trabalhando na restauração do complexo ferroviário do século 19 na cidade  de Taubaté. O empreendedor destaca a tendência do Blended Finance para os próximos anos como uma das grandes tendências que a Agenda ESG irá desempenhar a partir de 2024. Ao combinar recursos públicos e privados, essa modalidade surge como ferramenta fundamental para impulsionar as ações  ESG até 2030. 

“Pensando na construção de uma agenda ESG forte, contínua e que atue principalmente em modelo hélice quádrupla e de forma descentralizada mas sim multisetorial ou stakeholders, estamos dialogando com empresas, governos e investidores para a criação de um fundo Blended Finance no Brasil visando a aceleração da agenda rumo aos ODS 2030 com especial foco nos objetivos 2, 6, 7, 11, 12, 13, 14 e 15”, diz Rodrigo França. 

Essa abordagem amplia o financiamento de projetos sustentáveis, reduzindo riscos financeiros e estimulando a inovação. Além disso, seu envolvimento em infraestrutura sustentável e o estímulo a parcerias público-privadas contribuem para o desenvolvimento de práticas ambientais, sociais e de governança. 

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O modelo promove o engajamento de diversas partes interessadas, incluindo governos locais e OCS, reforçando a importância da colaboração para enfrentar os desafios do ESG.

Investimento em empresas governadas por mulheres 

Cammila Yochabell é mãe do Ben de 6 anos, CEO e fundadora da Jobecam, HRTech referência em D&I, e encara o empreendedorismo feminino e principalmente o de mães como uma grande potência. Dados comprovam esse pensamento, segundo a ONU, empresas com líderes femininas têm resultados maiores que as geridas por homens. 

Além disso, ser mãe potencializa soft skills importantes de um gestor, como organização e gestão do tempo, resolução de problemas complexos, olhar mais apurado aos detalhes e resiliência. Por isso, como tendência do próximo ano,seguindo os direcionamentos das siglas S e G, que representam social e governança, a CEO afirma que será o investimento em empresas governadas por mães e mulheres. 

Estratégias de ESG para moldar um panorama human-tech

Juliana Neumann é líder de projetos na Springpoint, hub de gestão de cultura, aprendizagem e ESG do ecossistema FutureBrand, e acredita que para o próximo ano há uma crescente ênfase nas estratégias de ESG como um elemento fundamental para moldar um panorama human-tech mais positivo.

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De acordo com a executiva, a chegada da IA generativa redefine a natureza da criatividade humana. “À medida que as máquinas assumem tarefas rotineiras e previsíveis, os indivíduos são incentivados a explorar áreas mais profundas de inovação e expressão criativa. A adaptação nesse contexto implica não apenas na aquisição de competências técnicas, mas principalmente na exploração da singularidade humana, estimulando a empatia, intuição, pensamento crítico e outras soft skills”, afirma Juliana.

Sendo assim, a abordagem de longo prazo neste tema  torna-se uma prioridade, visando não apenas a sustentabilidade ambiental, mas também o impacto social e a governança ética. Diante das iminentes mudanças nas relações de trabalho, consumo e sociedade, é imperativo que as empresas adotem iniciativas que preparem as novas gerações para lidar com esses desafios, priorizando o reskilling, upskilling e uma cultura de aprendizado contínuo em parceria com diversos setores: consultorias, universidades, escolas, entre outros). 

“A capacidade de resposta proativa às revoluções tecnológicas e às crises globais, será fundamental para impulsionar soluções inovadoras que transcendam os limites tradicionais e promovam um futuro mais sustentável e equitativo”, finaliza a especialista.

Repensar o ESG na prática

O tema ESG vem sendo amplamente discutido em inúmeros segmentos. A sigla, do inglês, Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), corresponde à implementação de boas práticas socioambientais de uma companhia. Mas, para se tornar uma empresa realmente ESG, é preciso atentar-se às soluções de impacto socioambiental para aplicá-las em seus processos e agir com responsabilidade corporativa. 

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“O ESG como um todo é uma das chaves para minimizar os impactos sociais e ambientais causados pelo meio empresarial, além de ajudar a atingir o cumprimento dos ODS da ONU. O desafio maior é colocar na prática a matriz ESG como parte das tomadas de decisão nas organizações e como pilar central para a geração de valor nos negócios”, explica Alcione Pereira, CEO e fundadora da  Connecting Food, primeira foodtech brasileira especializada em conectar alimentos que seriam descartados por empresas à organizações sociais.

Convergência da pauta ESG com Inovação

“Quando uma empresa começa implementar uma agenda social, ambiental e de governança fica notável que para realizar as transformações necessárias surgem alguns desafios, que podem ser solucionados a partir da inovação, que fornece novas formas de abordar tais questões. O desenvolvimento da inovação alavanca estratégias ESG, impactando diretamente no negócio – reduzindo desperdícios, aumentando eficiência, explorando novos nichos de mercado e novas oportunidades. Além disso, a cultura de inovação faz com que as pessoas colaboradoras se mantenham atentas ao surgimento de novas oportunidades e nichos de mercado alinhados aos temas materiais da organização”, explica César Costa, CEO da Semente Negócios, empresa que desenha soluções de inovação que valorizam a vida. 

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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