Peças de roupa que serão vendidas pela empresa chinesa de e-commerce Shein começarão a ser produzidos em Macaíba, no Rio Grande do Norte, neste mês de julho.
O anúncio foi feito por Josué Gomes, diretor-presidente da Coteminas, após uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e Marcelo Claure, representante da Shein no Brasil.
Com a governadora @fatimabezerra e o presidente da FIESP, Josué Gomes. Algumas roupas que são importadas da China começarão a ser feitas aqui no Brasil. E a produção começará no Rio Grande do Norte.
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— Lula (@LulaOficial) June 29, 2023
“A confecção das peças em território nacional vai usar a expertise de mais de quatro mil profissionais de oficinas de costura do interior do Estado. Em um primeiro instante, a aposta será em jeans, brim e malhas de algodão”, informou Josué Gomes, diretor-presidente da Coteminas. "Vamos começar principalmente por jeans, produtos de brim em geral e malhas de algodão", completa.
Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte destaca que essas oportunidades são importantes para o desenvolvimento do interior do Estado e afirma que levar as empresas para as regiões menos desenvolvidas do Rio Grande do Norte faz parte do programa de seu governo.
“E é assim que está desenhado nosso programa de incentivos fiscais. Quanto mais o emprego vai para o interior, maior o incentivo que ele vai receber”, destacou a governadora Fátima Bezerra.
Investimento no Brasil
Em abril, a marca anunciou um investimento de 750 milhões de reais no Brasil e comunicou a exclusividade de um marketplace [mercado online com informações de produtos ou serviços por diferentes empresas] para produtos e vendedores no Brasil.
Segundo Marcelo Cleure, a produção no Rio Grande do Norte faz parte do compromisso assumido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de trazer parte da produção da Shein para o Brasil.
A parceria da empresa chinesa com o Brasil deve gerar, aproximadamente, 100 mil empregos nos próximos três anos. Segundo a empresa, até o final de 2026, cerca de 85% das vendas no Brasil deverão corresponder a fabricantes e vendedores locais.
Taxa de importação
Após decisão, o governo anunciou que empresas internacionais poderão zerar o Imposto de Importação para compras do e-commerce de até US$ 50 (cerca de R$ 242), caso cumpram uma série de novas regras criadas pelo governo brasileiro, que incluem recolhimento de impostos estaduais e combate ao contrabando.
Para zerar o imposto de importação, a empresa deve aderir voluntariamente ao programa Remessa Conforme, da Receita Federal. A partir da nova determinação, compras feitas pela internet de até US$ 50 realizadas em empresas que não seguirem as novas regras seguem sendo taxadas.
Até então, a isenção para compras de até US$ 50 que existia era restrita para remessas internacionais entre pessoas físicas.
Veja abaixo a série de critérios criados para empresas de e-commerce:
• Fazer o repasse dos impostos cobrados;
• Detalhar para o consumidor informações sobre os valores de impostos, tarifas postais e demais despesas;
• Colocar no pacote enviado ao consumidor de maneira visível, no campo do remetente, a marca e o nome da empresa em questão;
• Realizar o combate ao descaminho e contrabando.