O setor de franquias tem tido desenvolvimento sustentável no país como um todo e obteve faturamento de R$ 103 bilhões em 2012, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), que só deve anunciar os números de 2013 em junho próximo. A ABF estima, no entanto, que houve crescimento aproximado de 16% este ano, revelou hoje (8) Adriano Campos, organizador da Brasília Expo Franquias 2014, patrocinada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Adriano disse que existe uma estimativa mais abrangente sobre o faturamento do setor, calculada pela Rizzo Franchising em R$ 325 bilhões no ano passado. Ele explicou, porém, que há diferença de metodologias. Enquanto a ABF se restringe a computar informações das 2.900 franquias associadas, a Rizzo analisa o universo de franquias brasileiras, superior a 5 mil empresas.
Segundo ele, o segmento de franquias apresenta crescimento muito bom em Brasília e cidades vizinhas, como Goiânia e Anápolis, com alcance também nos estados mais próximos. Razão pela qual a Expo Franquias abriu ontem (7) com 50 expositores, e prossegue até amanhã (9), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com grande procura de público.
“A feira atende às nossas expectativas iniciais, com possibilidade de trazer em torno de 10 mil visitantes de toda a Região Centro-Oeste e promover de 150 a 200 novas franquias nas diversas áreas”, segundo Adriano. Ele disse que a procura é boa nas áreas de pré-moldados para construção, brinquedoteca, informática, contabilidade, salões de cabeleireiro e lanchonetes, dentre outras.
Oportunidade confirmada por Anderson Silva, que se apressa logo a explicar que não é o lutador. Ele atua, por sinal, em uma área pouco divulgado, de soluções ambientais, que ensina a economizar com a racionalização de energia, de água e de equipamentos domésticos em geral. Ele disse que começou só há dez anos, em Goiânia, e expandiu para 46 franquias no país, com exceção da Região Norte, além de duas em Portugal e no México, e uma em negociação no Egito.
Daniel Gobeth, de Brasília, diz que não pode se queixar do setor de franquias, ou franchising, termo em inglês bastante usado no Brasil. Ele começou em 2004 com a Sushi Way, que vende pratos tradicionais da cozinha japonesa como sushis e sashimis, e há menos de um ano resolveu expandir o negócio para franqueadores "com espírito empreendedor, abertos a novas ideias".
Gobeth diz que "a abertura deu certo". Hoje, ele tem duas lojas próprias e três franquias, todas no Distrito Federal, que empregam 70 pessoas. "Trabalhar com franquia tem sido bom", segundo ele, porque além de conseguiu expandir o negócio, diminuiu a folha de salários em torno de 30% e tem menos problemas trabalhistas.
O faturamento da rede Sushi Way alcançou R$ 4 milhões em 2013, e Gobeth espera elevar o faturamento para R$ 10 milhões, até porque está em negociação para dar suporte operacional a mais uma franquia, também no DF.
Adriano Campos salientou que Brasília é a quarta melhor cidade do Brasil para abrir franquia, porque a população é grande, com alta taxa de crescimento, a maior renda per capita entre as capitais, consumo elevado e também constante desenvolvimento de novos bairros, ou cidades-satélites. "São atrativos que incentivam as marcas e empreendimentos", acrescentou.