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Filme 'Barbie' pode ajudar a Mattel a lucrar quase US$ 1 bilhão em 2023

A dona da marca, e de tudo envolve a boneca, deve faturar milhões com royalties de produtos licenciados

19 jul 2023 - 19h47
Barbie tenta impedir a briga de dois Kens no filme
Barbie tenta impedir a briga de dois Kens no filme
Foto: Divulgação/ Warner Bros.

Um dos filmes mais aguardados do ano estreia na próxima quinta-feira, 20, aqui no Brasil. Antes mesmo do lançamento, no entanto, Barbie (2023) já é um sucesso comercial. A marca dona de tudo que envolve a boneca, Mattel, está ciente disso e já anunciou planos para mais filmes, mas a bilheteria não é a única coisa em jogo. 

Assim como aconteceu com o Universo Cinematográfico da Marvel, o lançamento do filme eleva a um novo patamar outra antiga forma de fazer dinheiro com a personagem: os licenciamentos de produtos. Esse modelo de negócio permite que diversas empresas, de diferentes segmentos, possam usar a marca "Barbie" para desenvolver produtos promocionais ligados a ela, por tempo limitado.

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Só em julho, a Mattel anunciou parceria com oito marcas brasileiras. O número cresceu desde o começo do ano, e a tendência é explodir após o lançamento do filme.

As projeções de lucro da Mattel para 2023 são de até US$ 950 milhões, o equivalente a R$ 4,5 bilhões, após um primeiro trimestre de prejuízo de US$ 106 milhões, cerca de R$ 507 milhões. O lançamento do filme impulsiona os resultados, deixando-os quase três vezes acima que o registrado em 2022. 

No ano passado, o lucro líquido da fabricante de brinquedos foi de US$ 394 milhões, cerca de R$ 1,8 bilhões, uma queda de 56% em relação a 2021. Essa queda já vinha sendo observada gradualmente desde o início da década de 2010, quando os brinquedos começaram a ser substituídos por jogos digitais e outras tecnologias.

O presidente da companhia, Richard Dickson, declarou em veículos internacionais que a Mattel deve continuar investindo no seu universo cinematográfico. Fontes ligadas a empresa afirmam que já existem cerca de 45 outros filmes no radar.

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Negócio lucrativo para os dois lados

A estratégia de licenciar marcas não funciona somente para quem vende o produto, mas também para quem adquire o licenciamento. Empresas como a C&A Brasil, por exemplo, renovaram sua parceria com a Mattel especialmente para a época do filme. 

A OPI, marca de produtos para unhas da Wella Company, também desenvolveu uma coleção de esmaltes inspiradas no filme. Aliás, a "Barbiemania" também atingiu empresas que não estão ligadas a beleza e vestuário.

Na alimentação, a Biscoitê desenvolveu um capuccino e biscoitos cor de rosa, além de embalagens colecionáveis para fazer parte da experiência da "Barbie Dreamhouse" (ou "Casa da Barbie", na tradução livre) no shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Já a empresa de tintas Coral fez uma colaboração com a Mattel e selecionou uma cartela com cores inspiradas na Barbie.

Um mundo cor-de-rosa invadiu o nosso mundo real
Foto: Divulgação/ Warner Bros.

Negócios fora da 'Terra da Barbie'

Até quem não licencia marcas também está correndo atrás de uma fatia do grande bolo cor de rosa gerado pelo filme. Basta uma volta rápida em um shopping, centros comerciais e até em lojas de cidades pequenas, para ver vitrines inundadas pela cor relacionada à boneca. 

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Mesmo sem licenciamento, marcas pintaram de rosa suas redes sociais, e empreendedores também aproveitam como podem. Talvez, o exemplo mais famoso seja da baiana de acarajé Adriana Ferreira dos Santos, 46, dona do 'Acarajé da Drica', que resolveu entrar no embalo do lançamento do filme para inovar no preparo do quitute tradicional. 

Ela criou um acarajé rosa, que leva anilina - um corante comumente usado na confeitaria -, e viralizou na internet. A novidade, porém, acabou virando polêmica, e gerou um pronunciamento da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam).

Fonte: Redação Terra
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