O mês de março celebra o Dia Internacional das Mulheres e a data serve de reflexão sobre a luta feminina por equidade de direitos e a importância de discussões de gênero em todo o mundo. Diante deste cenário, a Provu, fintech de crédito pessoal e meios de pagamento, fez um levantamento para traçar um recorte sobre como as mulheres têm se relacionado com as finanças.
Apesar de, por muito tempo, o papel de provedor financeiro tenha sido desempenhado tradicionalmente pela figura masculina, essa é uma constatação que não se sustenta mais, de acordo com o estudo: 71% das mulheres que utilizam a plataforma afirmam ser a principal fonte de renda de suas casas.
De acordo com o levantamento, além de identificar uma parcela alta de mulheres assumindo as despesas da casa, foi possível perceber que há uma preocupação genuína em fugir da inadimplência: quando perguntadas sobre prioridades financeiras, 72,6% das entrevistadas focam em manter as contas em dia; 10,3% trabalham para evitar dívidas; 6,9% buscam aumentar a renda; 6,5% caminham para a independência financeira; e apenas 3,7% buscam investir ou juntar dinheiro.
Papel delas com dinheiro é de alta responsabilidade
“Apesar das dificuldades ainda enfrentadas pelas mulheres, percebemos que seu papel com dinheiro é de altíssima responsabilidade, já que uma fatia muito grande cuida das contas de casa”, diz Cristiana Nunes, gerente de Política de Crédito da Provu.
“A busca da independência financeira é o primeiro passo para que ela se torne provedora da casa e, depois, consiga administrar as finanças para poupar e pensar no futuro financeiro de sua família. Ainda há muito caminho a ser percorrido, que ultrapassa a análise comportamental da mulher em relação ao dinheiro, como questões sociais, empregabilidade, maternidade, jornadas de trabalho, por exemplo. Então, saber lidar com o dinheiro é uma variável importantíssima para considerar o avanço da luta da mulher por um lugar de equidade na sociedade”, completa ela.
Como as mulheres têm lidado com o dinheiro
Ao serem perguntadas sobre como se organizam financeiramente, 73,2% disseram anotar todos os gastos e entradas de dinheiro em cadernos ou planilhas; 13,5% fazem uso de aplicativos para gerir suas finanças; e apenas 6,8% disseram não se organizar financeiramente.
Em relação a investimento, 69,9% das mulheres afirmaram que não o fazem, e entre as que responderam que investem seus recursos, poupança aparece como alternativa mais usada (43,8%), seguida de CDB ― Certificado de Depósito Bancário (17,4%) e Fundos de Renda Fixa (11,9%).
O levantamento ainda aponta que 65,5% das mulheres não possuem uma reserva financeira para emergências, e quando questionadas sobre o motivo de não ter, 63% disseram que já tiveram, mas precisaram utilizar, e 34,8% não têm sobra na renda mensal para guardar dinheiro.
Mais da metade das mulheres (57,7%) revelaram já ter pedido crédito, e a principal motivação foi para quitar dívidas (47,2%), seguido de investir em uma empresa já existente (14,5%) e reforma da casa (8,5%).
Sobre o perfil das mulheres que responderam à pesquisa, a maioria tem entre 25 e 44 anos, mora na região Sudeste (44%), possui ensino médio completo (31,8%) e trabalha com carteira assinada (56,4%).
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da COMPASSO, agência de conteúdo e conexão.