Faltam poucos dias para o Natal e para quem ainda não se programou para a ceia é bom preparar o bolso: produtos tradicionais da mesa dos brasileiros para celebrar a data subiram 8% em relação a 2022, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Alguns itens comuns durante as festas de fim de ano puxam essa alta com o aumento na casa dos dois dígitos, é o caso do bacalhau (15,65%), do peru (15,82%) e de frutas, como o morango (27,36%) e o pêssego (13,23%). Mas o grande vilão do Natal de 2023 é o azeite, que disparou 35,70% em comparação com dezembro do ano passado. A cesta natalina que custava em média R$ 383,80 reais, passou agora para R$ 413,53.
A educadora financeira Aline Soaper alerta que a tendência é que os preços continuem subindo.
"Os preços costumam a aumentar com a proximidade da data porque a maioria das pessoas deixa as compras para última hora. Em compensação após a celebração do Ano Novo o comércio faz promoções. Para não pagar mais caro, o ideal é se preparar e comprar com um pouco de antecedência, não deixar para a semana do Natal", adverte a educadora financeira e idealizadora do Instituto Soaper.
Uma refeição que vem com um preço
A ceia de Natal é tradicional no mundo todo e no Brasil não é diferente. Uma refeição especial que requer preparo na cozinha e no bolso. Nem tudo está perdido, o queijo parmesão (11,22%) e as carnes vermelhas, como a de boi e a de porco tiverem redução do ano passado para cá: o preço do filé mignon teve uma queda de 11,22% e do pernil, de 10,41%.
Para quem não abre mão de uma ceia farta com os tradicionais itens de Natal precisa definir um valor fixo a ser gasto.
"Esse valor precisa ser definido com base na realidade de cada família e dividido pela quantidade de pessoas que estarão no tradicional jantar. Além disso, é fundamental evitar os parcelamentos, porque eles podem se acumular com outros que já foram feitos anteriormente”, explica Aline Soaper.
Outra dica da educadora financeira é pesquisar e usar a criatividade na hora das compras.
“Para quem está com um orçamento apertado, trocar as marcas mais famosas por outras que estão chegando no mercado, com preços mais acessíveis, é uma boa forma de economizar”, aconselha a educadora financeira.
“Escolha os alimentos da estação, divida a responsabilidade da ceia com outras pessoas da família e não desperdice”, indica a educadora financeira diante do aumento dos preços.
No caso do bacalhau, a sugestão é usar a criatividade e recorrer a outras receitas, utilizando outros tipos de peixes. “O importante é celebrar a data com união da família e a consciência financeira”, aconselha Aline.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.