A importância de aprender com os principais ensinamentos financeiros do ano e a necessidade de estar aberto a criar planos alternativos para lidar com imprevistos.
A contagem regressiva para o final de 2024 já começou e com ela cresce a importância de olhar para os principais aprendizados financeiros do ano. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro, de 2023, 74,7% dos entrevistados afirmaram fazer um planejamento das finanças pessoais para o próximo ano.
Porém, na prática, os imprevistos podem acontecer e provocar mudanças de rota. Desenhar o cenário ideal no início de cada ano ajuda a traçar um planejamento macro para as finanças, mas é crucial estar aberto a criação de planos A, B e C. Para Mila Gaudencio, educadora financeira e consultora do will bank, mesmo que nem todas as metas estipuladas no início do ano tenham sido alcançadas, é preciso valorizar e celebrar os pequenos avanços conquistados dentro do planejamento traçado.
O sentimento de frustração ao enfrentar metas não alcançadas é algo comum nas pessoas, mas pode afetar negativamente a relação com o dinheiro e consigo mesmo. “Comparar sua vida com a dos demais aumenta a autocobrança e a sensação de não ser bom o suficiente. Lembre-se de que sucesso não significa apenas atingir grandes objetivos. Pense no que você já quis no passado e conseguiu alcançar hoje”, recomenda a especialista.
Pensando em gerar aprendizados para 2025, a consultora elencou algumas recomendações:
Construir uma reserva financeira foi difícil?
A meta de construir a reserva de emergência pode não ter sido alcançada por completo, mas, se o pontapé inicial foi dado, já é um importante começo. Mila destaca que cada valor poupado representa um passo significativo rumo à segurança financeira, servindo como base para a construção de uma reserva maior no futuro.
De acordo com a pesquisa de Dismorfia Financeira do will bank, 90% dos brasileiros não conseguem comprar tudo o que precisam e não contam com reservas que permitam fazer planos e pensar no futuro. Por isso, é fundamental refletir sobre possíveis gastos não essenciais que podem ser repensados ao longo de 2025, contribuindo para aumentar os valores poupados.
Estabelecer micro metas nesse processo é uma estratégia chave para manter o comprometimento com o objetivo maior.
Nem todas as dívidas foram quitadas?
Se a meta inicial era zerar as dívidas em 2024 e a realidade trouxe novas prioridades, reduzir o saldo, renegociar prazos ou manter o pagamento das parcelas em dia merece ser motivo de orgulho. Cada avanço representa um passo para reequilibrar as finanças.
“Para o próximo ciclo, é recomendável mapear as principais dívidas ativas com um olhar voltado à priorização. Assim, em 2025, os esforços poderão ser direcionados às pendências mais urgentes ou críticas, evitando o acúmulo de juros”, aconselha Mila.
O plano de começar a investir rolou?
Começar a investir pode ser desafiador, especialmente quando nem sempre há uma quantia significativa disponível para esse objetivo. E, caso não tenha sido possível investir neste ano, a consultora reforça que, mesmo valores menores ou aplicados de forma pontual, também representam avanços.
“Qualquer pequeno investimento que foi possível fazer em 2024, já simboliza uma semente plantada, afinal, o importante é continuar olhando para o futuro, mesmo que de forma gradual”, destaca a consultora.
Analisar o ano que se encerra torna o comportamento financeiro de cada um mais assertivo em 2025. É necessário ter claro que o mundo ideal de metas deve servir apenas de referência, são as ações tomadas diante de cada situação que surge ao longo do ano que definem, de fato, o sentimento de realização.
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