Mulheres investem menos e mais tarde: o que está atrasando as jovens no mundo dos investimentos?

Pesquisa da Rico revela que mulheres entre 24 e 35 anos demoram mais para começar a investir e acumulam menos dinheiro do que os homens

27 nov 2024 - 06h00
Resumo
Estudo mostra que mulheres jovens no Brasil enfrentam desafios maiores ao investir. Educação financeira e planejamento são fundamentais para mudar esse cenário.
Foto: Freepik

Investir pode ser desafiador para qualquer pessoa, mas para as mulheres jovens no Brasil, esse desafio parece ser ainda maior. É isso que indica a pesquisa “Quem são os jovens investidores brasileiros?”, realizada pela Rico, plataforma de serviços financeiros da XP Inc. O estudo mostra que os homens chegam mais cedo e acumulam mais capital no mercado financeiro, enquanto as mulheres estão buscando a confiança necessária para começar. 

“Uma análise cuidadosa da nossa pesquisa mostra que para muitas mulheres ainda falta a certeza sobre estarem ou não aptas a investir.  Neste cenário, a educação financeira se mostra fundamental para que elas conquistem esse conhecimento e possam tomar as melhores decisões financeiras,” explica Thaísa Durso, analista de finanças pessoais da Rico. 

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A hora de começar a investir 

O estudo aponta que as mulheres começam a investir mais tarde. Enquanto 50% delas começaram há apenas 1 a 3 anos, os homens têm mais tempo de estrada. No grupo com mais de 4 anos de experiência, os homens representam a maioria (37%), contra apenas 25% das mulheres. 

O valor investido até agora 

Quando olhamos para o quanto cada grupo já acumulou, os homens estão na frente. 16% deles têm entre R$ 25.001 e R$ 50.000,00 investidos, enquanto 41% das mulheres ainda têm menos de R$ 5.000,00.  

A tolerância ao risco 

Outra grande diferença entre os gêneros está na tolerância ao risco. Enquanto 15% dos homens estão dispostos a assumir um “risco alto” em seus investimentos, apenas 7% das mulheres fazem o mesmo. Essa cautela reflete não apenas nas escolhas de ativos, mas também na confiança em diversificar. 

Conhecimento é poder 

Confiança parece ser o grande diferencial aqui. 15% dos homens se consideram investidores avançados, enquanto apenas 7% das mulheres se enxergam nesse nível. Por outro lado, a maioria delas ainda se sente no começo dessa jornada (43%).  

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Começar pelo começo 

Apesar do cenário atual, há caminhos possíveis e positivos para quem deseja dar os primeiros passos e investir com pouco dinheiro. A começar pelo planejamento e definição de metas financeiras claras. A partir disso, é possível optar por alternativas acessíveis, como o Tesouro Direto e fundos de investimento com aplicação inicial baixa. Diversificar e manter uma visão de longo prazo são estratégias essenciais para construir patrimônio gradualmente. Essa abordagem torna os investimentos mais democráticos, permitindo que mais mulheres iniciem suas jornadas financeiras com segurança e planejamento. 

Para Thaísa Durso, as jovens estão cada vez mais atentas ao mundo financeiro. “O interesse tem crescido muito nos últimos anos. Precisamos entender que investir é fazer o dinheiro trabalhar a nosso favor, e com mais educação financeira e suporte, é muito possível virar esse jogo,” comenta. 

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