Fintechs geram mais de 100 mil empregos no Brasil

Empresário que criou a primeira contabilidade online do Brasil diz que resiliência e autoconhecimento são essenciais

29 jun 2024 - 06h20
Foto: Freepik

As fintechs são empresas que desenvolvem soluções financeiras inovadoras e tecnológicas para os clientes. Hoje essas empresas oferecem serviços bancários, contabilidade, crédito facilitado, seguros, investimentos, negociação de dívidas e muitas outras soluções. 

Segundo a AB Fintechs, Associação Brasileira de Fintech, já são 1481 fintechs no Brasil que geram mais de 100 mil empregos. Uma prova de como essas empresas estão no dia a dia das pessoas é o número de contas digitais. De acordo com a AB Fintech, já são mais de 250 milhões de contas digitais no país.

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São consumidores em busca de soluções no meio digital e também empresas que encontram nessas fintechs uma parceria para desenvolver seus negócios. Processos ágeis, atendimento personalizado e plataformas inovadoras são aspectos que trazem muitos benefícios para empreendedores que optam por utilizar as fintechs.

Esse impulsionamento na adesão dos micro-empreendedores e pequenas empresas às fintechs é comprovada pelos números. Segundo dados divulgados na quinta edição da Pesquisa Fintech Deep Dive, realizada pela Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) e pela PwC Brasil, a pequena ou média empresa (faturamento entre R$ 2,4 milhões e R$ 90 milhões) representa mais da metade do perfil do cliente das fintechs no Brasil.

Ao oferecer plataformas de educação financeira, com recursos educacionais acessíveis aos empreendedores, as fintechs contribuem com o desenvolvimento sustentável dos negócios, por meio da disseminação de conceitos básicos sobre empreendedorismo e também fornecendo orientação estratégica para seus clientes.

A Agilize, empresa de contabilidade online, tem se destacado pelo serviço de contabilidade para empresas de todo o país e também na educação financeira dos empreendedores.

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Segundo Marlon Freitas, CMO da Agilize, são muitas as possibilidades e isso realmente chama a atenção de quem sonha empreender.

“A tecnologia é uma ferramenta muito democrática, porque ela possibilita que qualquer pessoa que tenha conhecimento, interesse e boa vontade possa desenvolver um software. Além de uma boa ideia, a pessoa tem que ter capacidade de realização, boa vontade e resiliência”, aconselha o empresário, que ressalta ainda que é preciso conhecer bem a área financeira para entender as dores reais das pessoas para quem você vai direcionar o serviço. 

“O caso dos bancos digitais, por exemplo, eles surgiram para resolver um problema de experiência do usuário, que não queria mais ir até a agência. Daí vem alguém que faz um aplicativo que tem uma experiência de usuário fantástica e que soluciona essa e outras dores”, exemplifica.

Sobre como captar investimentos para quem quer ter uma fintech, o empresário orienta que quanto mais bagagem e reputação você tem como pessoa física, mais chances tem de conseguir investimento.

“Normalmente os investidores não colocam dinheiro em uma ideia, mas na sua história, no seu time. Ele procura ver o seu background. Afinal, o investidor é essa pessoa que também tem que ter resiliência porque está apostando em algo que pode não dar certo”, afirma Marlon.

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O empresário acredita que sempre vai existir mercado para novas fintechs e aposta naquelas que criarem novas oportunidades de melhorias de experiência de usuário, como aconteceu com a Agilize que hoje tem mais de 20 mil clientes que encontram na contabilidade online, uma forma menos burocrática para resolver questões contábeis.

Para quem está começando e mesmo para quem já está empreendendo, Marlon Freitas diz que resiliência e autoconhecimento são essenciais para lidar com as dificuldades do dia a dia.

“O empreendedor tem que saber lidar com a incerteza e se adaptar muito rápido às mudanças. Isso garante que se tenha o pé no chão para realizar e não ficar somente no campo dos visionários”, finaliza. 

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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