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Fitch: por calotes, bancos nacionais lucrarão menos em 2015

Volume dos bancos destinado para lidar com a inadiplência deve crescer 30% neste ano

6 abr 2015 - 21h56
(atualizado em 7/4/2015 às 08h55)

A lucratividade dos bancos brasileiros diminuirá em 2015, refletindo o aumento das despesas com provisões para calotes, em meio a um cenário econômico menos favorável, apontou a agência de classificação de risco Fitch em relatório emitido nesta segunda-feira (6).

<p>Itaú Unibanco deve superar aumento de inadimplência com aumento dos juros</p>
Itaú Unibanco deve superar aumento de inadimplência com aumento dos juros
Foto: Sergio Moraes / Reuters

A redução da lucratividade dependerá da capacidade de cada banco de sustentar as margens líquidas, disse a Fitch, acrescentando que acredita que as instituições públicas deverão ser mais afetadas, embora em níveis administráveis.

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"Os bancos brasileiros enfrentarão mais pressões sobre a qualidade de seus ativos e crescentes despesas com créditos", afirmou a agência, citando fraca expansão econômica, aumento do número de setores em dificuldades, repercussão da operação Lava Jato, riscos de aumento do desemprego, da inflação e das taxas de juros, além do alto endividamento familiar e do aperto fiscal.

Pelas contas da Fitch, o volume reservado pelos bancos para lidar com inadimplência deve crescer 30% neste ano em relação ao ano passado. O relatório avalia que os grandes bancos privados, especialmente Itaú Unibanco e Bradesco, provavelmente terão mais sucesso ao compensar o aumento dos custos de crédito com taxas de juros mais altas.

Já o BTG Pactual, por estar mais exposto à volatilidade devido ao seu perfil de banco de investimento, e o Santander Brasil são ligeiramente mais vulneráveis, considerou a Fitch.

Com relação ao bancos públicos, a Fitch tem uma visão mais negativa, já que estes têm tido lucratividade menor que as instituições privadas. Por isso, devem passar por tensão relativamente maior devido às despesas de provisionamento maiores.

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"As despesas de provisionamento provavelmente consumirão parcela relativamente maior dos ganhos (...) do que anteriormente", afirmou a agência.

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