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FMI pede para países acelerarem a "maratona" de crescimento

FMI destacou uma longa lista de tarefas que permanecem incompletas

10 abr 2014 - 11h06
(atualizado às 11h06)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu nesta quinta-feira aos líderes mundiais que acelerem o ritmo de políticas fiscais e financeiras para avançar com a "maratona" do crescimento - ou correm o risco de uma queda global prolongada.

Em uma "Agenda Global de Política" de 14 páginas para autoridades econômicas mundiais, o FMI destacou uma longa lista de tarefas que permanecem incompletas, do controle dos riscos do sistema bancário sem regulação na China à aceleração das reformas financeiras.

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O FMI também disse ser "completamente decepcionante" que os Estados Unidos tenham de novo falhando em aprovar reformas históricas ao FMI com o objetivo de dar mais poder a mercados emergentes.

"O principal desafio continua sendo transformar uma recuperação modesta e frágil em um crescimento mais rápido, equilibrado e sustentável", disse o FMI antes de suas reuniões com o Banco Mundial, que começam na sexta-feira. "Essa é uma maratona, não uma corrida de curta distância."

Desde as últimas reuniões em outubro, o FMI viu riscos similares, incluindo a chance de grande volatilidade no mercado e no câmbio se o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, estragar a maneira como deixa seu programa de estímulo monetário, agindo de forma muito rápida ou não comunicando bem o suficiente.

"Tal cenário poderia ser especialmente ruim se riscos à estabilidade financeira de políticas monetárias bastante expansionistas, incluindo tomada de risco excessiva e alavancagem ficarem sem supervisão de autoridades", disse o FMI.

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O FMI disse que mais coordenação entre banco central e reguladores financeiros pode limitar as mudanças cambiais, e afirmou que os membros de BCs deveriam ter discussões mais amplas de seus planos.

Também disse que algumas grandes economias emergentes pedem ainda mais cooperação em política monetária, já que culpam as políticas do Fed por desestabilizarem os fluxos de capital.

O FMI alertou economias avançadas a evitarem retirar dinheiro fácil com muita rapidez, uma vez que a recuperação ainda é frágil. Também alertou que os mercados emergentes, que ainda contribuem com grande parte do crescimento, pode desacelerar ainda mais.

O FMI focou especialmente em um potencial "pouso ruim" na China, segunda maior economia do mundo, que pode ter repercussões negativas em outros emergentes.

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Mas o FMI guardou suas palavras mais duras para a falta de progresso em aprovar reformas de 2010 a seu esquema de votação, ou cotas, que dobra os recursos do fundo e dá maior voz a mercados emergentes.

As reformas têm sido atrasadas pelo Congresso dos EUA, mas uma tentativa de aprovar as mudanças no mês passado foi retirada em meio a preocupações de que poderia segurar uma proposta de ajuda à Ucrânia.

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