O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou a estimativa de crescimento da economia chinesa em 2015 para 7%. O órgão pediu que as autoridades do país evitem mais medidas de estímulos à atividade econômica e, em vez disso, se concentrem em reduzir os riscos financeiros.
Em declarações que projetaram confiança sobre a saúde, no curto prazo, da segunda maior economia do mundo, o FMI afirmou que Pequim tem que manter a palavra sobre a implantação de reformas que irão corrigir desequilíbrios, incluindo um iuan "moderadamente subvalorizado".
Especificamente, o FMI disse que as condições estão corretas para que a China adote o próximo passo em liberalizar o mercado de taxas de juros, desafiando a visão entre algumas autoridades chinesas de que o país ainda não está pronto para tal medida.
"Não estamos aconselhando estímulo nesse momento", disse a repórteres o primeiro vice-diretor-gerente do FMI, David Lipton, quando questionado se ele acha que o governo da China deveria fazer mais para sustentar o crescimento econômico. "Não achamos que haja sinais suficientes que justifiquem isso."
Em vez disso, ele afirmou que a maior ameaça à China é sua persistente dependência de dívida e investimentos em áreas como a imobiliária para sustentar sua economia, fraquezas que estão crescendo e que irão afetá-la no longo prazo se não forem corrigadas.
Portanto, a menos que a economia da China corra o risco de não atingir a meta de crescimento do governo de cerca de 7,5% neste ano por uma margem substancial, Lipton disse que mais estímulo não é justificado. "As vulnerabilidades aumentaram a um ponto em que contê-las deveria ser uma prioridade", disse ele, destacando que o FMI acredita que a China pode atingir sua meta de crescimento para 2014.
Para o próximo ano, o FMI reduziu sua projeção de crescimento econômico para 7%, de 7,3% em abril - nível que Lipton disse ser realista para a China realizar reformas financeiras amplas, como prometido.