O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu nesta terça-feira sua projeção de crescimento econômico para o Brasil em 2014 a 2,3%, sobre 2,5% estimados anteriormente. De acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial, a estimativa do FMI sobre a atividade brasileira para 2015 também sofreu corte, a 2,8%, ante 3,2% em outubro.
Para 2013, o movimento foi o mesmo, com as contas sobre o crescimento do Brasil reduzidas a 2,3%, ante 2,5% na divulgação de outubro. No terceiro trimestre de 2013, o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas) brasileiro registrou contração de 0,5% sobre os três meses anteriores e, sobre um ano antes, houve expansão de 2,2% no período.
Pesquisa Focus do Banco Central aponta que a expectativa dos economistas é que a economia tenha expandido 2,28% em 2013, 2,0% em 2014 e 2,5% em 2015. Ao falar sobre as economias em desenvolvimento, o FMI avaliou que elas começaram a se beneficiar de demanda externa mais forte nas economias avançadas e na China.
"Em muitas, entretanto, a demanda doméstica permaneceu mais fraca do que o esperado", completou, citando que isso reflete condições financeiras e posturas de política mais apertadas desde meados de 2013.
"Como resultado, o crescimento em 2013 ou 2014 foi revisado para baixo em comparação com as estimativas de outubro, incluindo no Brasil e na Rússia."
Previsão de crescimento global cresce
O elevou as projeções de crescimento global pela primeira vez em quase dois anos nesta terça-feira em meio à demanda e aos estoques maiores nas economias avançadas, que alimentaram a expansão de mercados emergentes.
Mas o fundo alertou que as nações mais ricas ainda estão crescendo abaixo da capacidade total e acrescentou a possibilidade de deflação à longa lista de riscos que podem descarrilhar a recuperação nascente.
Em seu relatório "Perspectiva Econômica Global", o FMI previu crescimento econômico global de 3,7% neste ano, 0,1 ponto percentual acima da projeção de outubro, e estimou crescimento de 3,9%