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Focus: economistas reduzem projeção da inflação para 6,39%

Estimativa para expansão da economia foi elevada para 1,69%

12 mai 2014 - 09h18
(atualizado às 09h42)

Economistas de instituições financeiras reduziram a projeção para a inflação neste ano, que voltou a ficar abaixo do topo da meta do governo, mantendo ao mesmo tempo a perspectiva de manutenção da taxa Selic em maio.

Foto: Bruno Domingos / Reuters

De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, a projeção para o IPCA neste ano foi reduzida em 0,11 ponto percentual, a 6,39%.

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A meta do governo é de 4,5% pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Em abril, o alívio nos preços de alimentos e transportes ajudou a inflação a desacelerar a alta a 0,67%, o que evitou uma aproximação ainda mais forte do teto da meta do governo.

Entretanto, a 6,28% em 12 meses, o IPCA permanece em níveis elevados e a pressão proveniente de serviços e preços de administrados, destacadamente da energia elétrica, mantém o sinal de alerta ligado. A projeção de alta dos preços administrados neste ano no Focus foi mantida em 5%.

Mas o Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, ainda vê o IPCA estourando o teto da meta este ano, a 6,69%, ainda que um pouco menos do que os 6,67% da semana anterior.

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Para 2015, o Focus aponta expectativa de inflação de 6%, inalterado ante a pesquisa anterior, enquanto nos próximos 12 meses os economistas veem o indicador a 5,88%, 0,05 ponto percentual a menos.

Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas consultados no Focus elevaram a perspectiva de crescimento em 2014 a 1,69%, ante 1,63%.

Juros

O resultado abaixo do esperado do IPCA de abril e o fato de não ter se aproximado do teto da meta com mais força como se esperava dá mais argumentos para que o Banco Central pare de elevar a Selic neste mês, como já sinalizou anteriormente.

Assim, os economistas consultados no Focus continuam vendo manutenção da taxa básica de juros em 11% na reunião dos dias 27 e 28 do Comitê de Política Monetária (Copom).

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E também mantêm a perspectiva de que a Selic encerrará o ano a 11,25%, só que agora com uma alta de 0,25 ponto percentual em dezembro e não mais no final de outubro, como previsto na pesquisa anterior.

Já o Top-5 de médio prazo projeta a taxa básica de juros este ano a 11,75%, ante 12,13% na semana anterior.

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