Economistas de instituições financeiras passaram a ver maior contração do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e elevaram a projeção para a inflação. Pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira aponta um recuo de 1,18% na economia do País, ante queda de 1,10% na semana anterior. Para 2016 a previsão de crescimento foi mantida em 1%.
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Em relação à inflação, os economistas consultados ajustaram a perspectiva para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 8,26% no final deste ano, 0,01 ponto percentual a mais do que na pesquisa anterior, com os preços administrados a 13,05%, 0,05 ponto a menos.
Para o ano que vem, a projeção para a inflação é de 5,60%, sem alterações, com os administrados a 5,76%, ante 5,71% antes.
Juros
Os analistas também passaram a ver maior aperto monetário neste ano depois de o Banco Central ter elevado a taxa básica de juros Selic para 13,25% na semana passada, mesmo em um cenário de atividade econômica cada vez mais em deterioração.
Pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira aponta que a expectativa para a Selic agora é de que termine 2015 a 13,50%, ante 13,25% anteriormente, na primeira elevação após quatro semanas sem alterações.
Os especialistas consultados mantiveram a perspectiva de que a taxa básica de juros será elevada novamente em junho em 0,25 ponto, a 13,50%, mas deixaram de ver que ela sofreria um corte na mesma proporção em novembro, como viam até a semana anterior.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu na semana passada manter o ritmo de aperto monetário e elevar a taxa básica em 0,50 ponto percentual, mantendo em aberto os próximos passos. Os especialistas aguardam agora a divulgação da ata da reunião na quinta-feira para calibrar suas projeções.
Com essa alteração, a perspectiva se alinha ao do Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, que há três semanas vê a Selic a 13,50% no final de 2015.
Para 2016, permaneceu inalterada a expectativa dos especialistas consultados de que a Selic encerrará o ano em 11,50%, bem como a do Top-5 de que a taxa ficará em 12%.