A Foxconn, de Taiwan, espera um crescimento robusto em sua unidade de servidores de inteligência artificial em 2025, e aumentará o investimento em vários países, disse a companhia nesta quinta-feira, em meio às crescentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ameaçou aplicar uma tarifa de 10% em todas as importações, além de uma taxa de 60% em produtos fabricados na China, medida que pode impactar tanto a Foxconn, cuja fábrica de Zhengzhou é importante na montagem do iPhone, quanto seu principal cliente, a Apple. A maior fabricante terceirizada de eletrônicos do mundo já vinha diversificando sua cadeia de suprimentos, expandindo sua produção na Índia. Ela disse nesta quinta-feira que continuará aumentando o investimento em países como Estados Unidos, México e Vietnã. "Trump acaba de ser eleito. Não sabemos quais políticas ele implementará. Vamos observar para ver quais mudanças haverá no novo governo dos EUA", disse o presidente da Foxconn, Young Liu, após apresentar seus resultados trimestrais. Ele disse que as fábricas da empresa no Wisconsin e no Texas têm tido crescimento constante nas vendas, devido à forte demanda por servidores de IA, e que a perspectiva para as operações nos EUA é positiva. A Foxconn, que também é uma importante fornecedora da Nvidia, manteve sua orientação para 2024 de crescimento "significativo" nas vendas, com ganhos na unidade de servidores de IA ajudando a companhia a enfrentar um declínio na demanda por eletrônicos de consumo, causado por fatores geopolíticos e macroeconômicos.