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Franquias são porta de entrada do empreendedorismo feminino

Em todo o mundo, Brasil é o sétimo País com mais mulheres no empreendedorismo

2 dez 2022 - 06h10

Apesar de remar contra a maré, o empreendedorismo feminino continua aumentando seu espaço de conquista. A bola da vez agora são as franquias, que se tornaram porta de entrada a liderança de mulheres nos negócios.

Segundo o Global Entrepreneurship Monitor 2020, em conjunto com o Sebrae, o Brasil é o sétimo País com mais empreendedoras, totalizando mais de 30 milhões de mulheres à frente de seus próprios negócios de um total de 52 milhões de empresários. 

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Já uma pesquisa recente do LinkedIn mostra que a quantidade de novas empreendedoras em 2020 teve uma alta de 41%, em comparação com o crescimento de 22% de homens que iniciaram seu próprio negócio no mesmo período.

Conheça agora histórias de empreendedoras que mudaram de vida ao prestar serviços ou ingressaram no segmento de franquias.

Espelho que vem de dentro de casa

Simone Galante teve um exemplo forte para trilhar uma carreira de sucesso e chegar à liderança: a sua própria mãe, Maria Rosa. 

Simone fez quatro faculdades, foi funcionária pública, fundou uma escola de ensino infantil, empreendeu com pousadas, bar, banca de jornal, construiu casas e se dedicou às atividades voluntárias e sociais. A fundadora e CEO da Galunion Consultoria, empresa que presta serviços para marcas do Food Service independentes e de franquias, cresceu com esse espelho, de que as mulheres trabalham o dia todo, cuidam dos seus filhos, da casa, dos amigos e amam muito o que fazem. 

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E, desde a fundação da Galunion, em 2009, Simone liderou projetos para todos os elos da cadeia de valor em grandes operadores, como Subway, Am/Pm Ipiranga, Casa do Pão de Queijo, Mania de Churrasco, Ofner, entre outros. Também conduziu projetos para indústrias de alimentos e de equipamentos como Forno de Minas, Nestlé Professional, Unilever, Rich’s, Engefood e Macom Hoshizaki, além de distribuidores e fundos de investimentos do setor. 

Além disso, é membro do Conselho Consultivo da Boali ― rede de alimentação saudável ―, realiza palestras sobre tendências do Food Service e participa dos grupos do segmento na Associação Brasileira de Franchising (ABF) e Associação Nacional de Restaurantes (ANR).

Walesca Pinheiro, franqueada da Calçados Bibi
Walesca Pinheiro, franqueada da Calçados Bibi
Foto: Arquivo Pessoal

Quando a família vem em primeiro lugar

Depois de trabalhar por uma década no mundo corporativo, Walesca Pinheiro ansiava por novos desafios profissionais, além de sentir necessidade de acompanhar o crescimento de seu primeiro filho. Com uma veia empreendedora aflorada, em 2010, decidiu buscar negócios que pudessem proporcionar, além de satisfação profissional, tempo para estar presente em eventos familiares. 

Ao pesquisar no Guia de Franquias da ABF, após indicação de um corretor de shopping do Rio de Janeiro, ela se encantou com o conceito de loja exclusiva da Calçados Bibi. O contato foi feito imediatamente e, a convite do presidente da marca, foram até o Rio Grande do Sul conhecer o negócio de perto. 

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O que seria somente uma visita resultou no contrato para a abertura de duas unidades no Rio de Janeiro. Paulo Henrique, o primogênito, com um ano na época, acompanhou todo o trabalho da mãe com a administração da primeira loja no Barra Shopping. A chegada do segundo filho coincidiu com os preparativos para a inauguração da segunda loja. 

Para a empresária, todos os seus negócios são para deixar um legado para os filhos. Atualmente, o casal possui três unidades no estado fluminense.

De mãe para filha

Em 1997, Maria Zuleika, mãe de Isabela Schiavinato, tornou-se uma das primeiras franqueadas da 5àsec Brasil. Após mais de 20 anos, a empresária passou o bastão da administração da unidade, no bairro Cidade Jardim, em São Paulo, para a filha. Desde 2017, Isabela é quem cuida da unidade juntamente com a sócia da mãe. 

Sua entrada no comando trouxe vigor e atualização para todos os processos da operação. Sempre atenta às mudanças, Isabela está constantemente implantando novos métodos de trabalho na loja que emprega nove funcionários. Assim como ela, anos atrás, a empresária já nota o interesse de sua filha, Helena, pelo negócio. 

Como também está crescendo dentro de uma 5àsec, se seguir os passos da mãe e da avó, a pequena pode, no futuro, se tornar a terceira geração de mulheres empreendedoras da família.

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O verdadeiro legado familiar

A história de Roseli Nakanishi com a Água Doce Sabores do Brasil aconteceu em 1994, anos quando voltou ao Brasil, após quatro anos de trabalho no Japão. Por influência da irmã, Junto com o marido, Roseli conheceu a empresa. 

A identificação aconteceu de maneira tão natural que, após visitar a sede da franqueadora, em Tupã, no interior de São Paulo, ela decidiu apostar no negócio. Em menos de um ano, desde a volta ao território brasileiro, o casal abriu a unidade da rede conhecida pela gastronomia típica brasileira, em Maringá, no Paraná. 

Após dois anos de funcionamento da operação, nascia o primeiro filho do casal. Cinco anos mais tarde, nascia o caçula e, desde então, os dois acompanham o crescimento do negócio dos pais. Roseli lembra que os filhos sempre tiveram contato com o restaurante, indo da escola para a unidade. Hoje, já crescidos atuam no negócio contribuindo para manter o legado familiar.

De funcionária à franqueada

Há 15 anos, Diocicleide Gouveia iniciava sua vida profissional como atendente de uma unidade do Divino Fogão, marca reconhecida nacionalmente por oferecer sabores típicos das fazendas. Ao longo do tempo, ela ocupou três cargos na rede até chegar à gerência de um restaurante e ser a responsável pela implantação do delivery de uma franquia na zona norte de São Paulo. 

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Estas experiências foram fundamentais para o passo mais ousado da carreira: se tornar franqueada da marca. 

“Meu sonho era ser sócia de uma unidade da rede. Desde o meu primeiro cargo, como atendente, me via sendo mais do que coordenadora, queria fazer carreira. Tudo o que aprendi foi graças ao Divino Fogão”, comenta Cleide, como é chamada pelos mais próximos. 

O convite para ter sua unidade veio por meio de uma ligação de toda a diretoria da marca, que conta com 200 pontos de vendas espalhados pelo Brasil. A resposta não poderia ser diferente. Cleide investiu o dinheiro de sua rescisão para entrar na sociedade. O restaurante foi aberto no final de 2020 e fica localizado dentro do Shopping Maia, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo.

De funcionária à franqueada II

A história da franqueada da Casa do Construtor, Renata Cristina Yabuki ― que mais tarde, viria se tornar a senhora Yonamine, esposa de Javier Yonamine ―, cruza com da empresa em dois pontos. Moradora de Rio Claro, cidade onde nasceu a empresa, a sansei ― como são chamados os netos dos japoneses que emigram para outros países ― permaneceu no Japão por 22 anos entre idas e vindas para o Brasil. Ali, conheceu seu marido, argentino e também descendente. Ao se firmar definitivamente no Brasil, foi chamada para trabalhar na Casa do Construtor, onde ascendeu de forma rápida. 

“Comecei como atendente, no balcão e, em seis meses, já tinha o cargo de supervisora de loja”, lembra.

Ao permanecer nesta posição por quatro anos, teve a oportunidade de conhecer a fundo o funcionamento da empresa, observar sua solidez e a satisfação de outros franqueados com o negócio. Neste meio tempo, o marido continuava no Japão e, por conta da instabilidade econômica daquele país, tomaram a decisão de abrir uma unidade, já que sonhavam com um negócio próprio. Além do que ouvia dos franqueados, ela recebeu outros estímulos de “peso”. 

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“O senhor Expedito e a Mariana, filha dele, me deram total apoio para que eu deixasse de ser funcionária e me tornasse empreendedora. Queríamos algo em que pudéssemos aplicar as economias de uma vida e tínhamos que fazer dar certo”, diz ela. 

A cidade escolhida foi Itumbiara (GO) e a unidade foi aberta em 2013. E deu tão certo que eles pretendem abrir uma segunda.

De funcionária à franqueada III

Taliana Jardine iniciou sua vida profissional fazendo comerciais para a casa do celular, marca conhecida por oferecer produtos de tecnologia da telecomunicação: celulares, smartphones, tablets e seus agregados, até o consumidor final com excelência, de modo rentável. 

Ao longo do tempo, ela ocupou dois cargos na rede até chegar à direção de treinamento de colaboradores da rede. Estas experiências foram fundamentais para o passo mais ousado em sua carreira: se tornar franqueada da marca. 

“A oportunidade de ser franqueada surgiu, e de cara aceitei. Comecei por são Paulo, Bahia e hoje estou no Espírito Santo, e temos muito mais a crescer”, comenta Tailana.

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Irmãos e também sócios

Muitos ainda não enxergam uma clínica odontológica como uma boa oportunidade de retorno financeiro. Não é o caso de Lilian Da La Valle Gasparello, sócia de três unidades da Oral Sin, na capital mineira e uma em Contagem. Dentista por formação e natural de Cascavel, no Paraná, ela não clínica mais e, hoje, atua apenas na administração das unidades, como sócia investidora ao lado do irmão. 

“Um dos nossos sócios é muito amigo do meu irmão e trabalhava na empresa em uma unidade em Francisco Beltrão. Ele nos contou que tinha planos de abrir uma unidade, mas que precisava de investidores. Vimos que se tratava de uma empresa sólida. Já tive consultório e percebi que uma franquia ligada à odontologia seria mais rentável que um consultório isolado e resolvi apostar”, conta.

Amizade sólida e persistência 

Márcia Francelino e Maria Aparecida Neves são amigas desde 2010, quando trabalharam juntas em uma empresa de logística. A amizade se fortaleceu e ganhou o status de sociedade quando a companhia se mudou para um local mais longe de suas residências e elas decidiram se tornar empreendedoras. 

O primeiro empreendimento foi um salão de cabeleireiro que chegou a funcionar por cerca de três, até que a crise de 2014, as obrigou a fechar as portas. No entanto, o sonho de ter um negócio próprio se mantinha latente. 

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Após o Natal de 2017, elas foram chamadas para limpar uma casa de veraneio no litoral norte de São Paulo, de propriedade de Marcos Alves, franqueado Unlimited ― marca da iGUi que traz um novo conceito de piscina para projetos de alto padrão.

O trabalho bem-feito resultou no convite para que elas conhecessem a Tratabem ― franquia de serviços de limpeza e manutenção de piscinas criada pela iGUi. Em fevereiro de 2018, Márcia e Cida fizeram o treinamento para ingressar na rede, o que ocorreu em maio daquele ano e, em dezembro, elas já tinham sua primeira loja aberta. 

O primeiro desafio das novas franqueadas foi fazer a manutenção de uma piscina Unlimited instalada na Casacor São Paulo. O segundo desafio foi vencer a barreira do preconceito por serem mulheres atuando em uma área majoritariamente masculina. A amizade se solidificou e a persistência deu frutos. Hoje, elas contam com uma carteira de cerca de 40 clientes que vão desde o bairro do Morumbi à cidade de Ibiúna.

Um sonho realizado

Lara Reis Infiesta empreendia na área de engenharia em negócios da família há mais de 10 anos, e foi na pandemia que decidiu investir em seu próprio desta vez na área de alimentação. Conhecia o Mr. Cheney, faz algum tempo, pois um amigo já tinha investido na franquia. Buscou conhecer melhor os produtos e tudo que envolvia o negócio e se encantou. Hoje, Lara, está à frente da loja do Grand Plaza Shopping em São Bernardo dos Campos/SP. 

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“Nosso espaço fica ao lado da praça de eventos, e queria uma loja bem espaçosa, aqui tem 53m², para que as pessoas possam ter a melhor experiência”, diz ela. “Com a retomada das atividades presenciais, os mercados de alimentação e doces estão em alta e espero que nossa parceria possa ser duradoura e de sucesso.”

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