Nesta segunda, 18, e na terça-feira, 19, o Rio de Janeiro recebe 55 delegações, de 40 países e de 15 organismos internacionais, no Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, para a Cúpula do G-20. Para receber lideranças globais, a capital fluminense mobilizará 27 órgãos municipais, fechará um dos aeroportos e terá operações de segurança intensificadas.
O G-20 reúne representantes de 19 das nações com maiores economias do mundo, além da União Europeia e União Africana, e discute temas relevantes para a macroeconomia mundial, monitorando riscos e incertezas que podem afetar o cenário global e as projeções para o desenvolvimento.
As reuniões do G-20 acontecem em cidades escolhidas pelo presidente do grupo. Desde o ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está na presidência do G-20, que é rotativa.
Eventos relacionados ao G-20, como o G-20 Social, aconteceram no centro do Rio de Janeiro, na área que engloba Praça Mauá, Museu do Amanhã e Boulevard Olímpico. Já o encontro de líderes será feito no MAM, que foi entregue no final de outubro após uma reforma visando a Cúpula.
De acordo com a prefeitura, foram investidos ao todo R$ 32 milhões em reformas na área interna do museu, obras estruturais e revitalização urbana e ambiental do entorno, incluindo a instalação de nova iluminação, a criação de um passeio público e a valorização dos jardins.
Até a próxima quarta-feira, as áreas de lazer no Aterro do Flamengo e na orla da zona sul da cidade não serão implantadas. Algumas vias importantes da cidade, como Avenida Brasil e Avenida Atlântica, serão fechadas momentaneamente para a passagem dos comboios das autoridades nacionais e internacionais.
O Aeroporto Santos Dumont, que fica a cerca de 500 metros de onde os líderes se encontrarão, ficará fechado na segunda e na terça-feira, a pedido do prefeito Eduardo Paes ao Ministério de Portos e Aeroportos, para restringir o acesso ao entorno do aeroporto, devido à circulação de autoridades e delegações estrangeiras.
GLO em vigor
No dia 8 de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinou um novo decreto autorizando o emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem (GLO), no período de 14 a 21 de novembro, para garantir a segurança pública durante a Cúpula do G-20.
Segundo o decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU), o emprego das Forças Armadas ocorrerá em articulação com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e em coordenação com os órgãos de segurança pública.
O Exército empregará aproximadamente 7,5 mil pessoas que atuarão em atividades como escolta de autoridades, proteção de infraestruturas críticas e patrulhamento de vias. A Marinha controlará o acesso aos portos da cidade e irá assegurar que as áreas costeiras estejam protegidas.
A Força Aérea ficará responsável pelo controle do espaço aéreo e a segurança em terminais de embarque e desembarque, além das vias e áreas contíguas aos aeroportos do Galeão e Santos Dumont.
O MJSP informou que a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) atuará com 95 agentes no esquema de segurança da reunião. Os agentes farão ações de policiamento no entorno do evento e nos locais das conferências.
Evento movimenta quase R$ 600 mi
O G-20 vai movimentar R$ 595,3 milhões na economia da cidade do Rio de Janeiro, segundo estudo divulgado pela Prefeitura do Rio, levando em conta despesas operacionais (R$ 226,3 milhões) - em infraestrutura, aluguel de espaços e serviços diversos -, gastos dos mais de 120 mil participantes e do valor investido na reforma do MAM.
O cálculo leva em consideração os números dos mais de 130 eventos realizados na cidade e que estão associados à reunião das 21 nações e blocos que têm as maiores economias do mundo, envolvendo 27 órgãos municipais, entre dezembro de 2023 a novembro deste ano./Com Agência Brasil e Broadcast.