O economista Gabriel Galípolo, ex-CEO do Banco Fator, será o número dois do Ministério da Fazenda. Ele aceitou nessa segunda-feira, 12, o convite do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para ser o seu vice-ministro.
Galípolo foi convidado por Haddad no final de semana, mas apresentava resistências em aceitar o cargo. Antes estava cotado para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), posto deverá ficar com o coordenador do programa de governo, o economista Aloizio Mercadante.
Uma "operação" foi montada para ele ficar com o cargo, que envolveu interlocutores do próprio presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os dois se aproximaram na campanha, quando Galípolo participou de encontros de Lula com representantes do mercado financeiro e empresários.
Galípolo acabou virando um dos principais interlocutores da campanha com o mercado, principalmente em relação às questões fiscais e o tamanho da licença para gastar que seria necessária no início do governo caso Lula fosse eleito. Ele mergulhou fundo nas discussões de regra fiscal e deverá conduzir esse processo junto com Haddad.
Como primeiro teste no cargo, Haddad o levou para a reunião desta terça-feira, 13, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, já na condição de escolhido para o cargo de secretário-executivo.
Segundo apurou o Estadão, a expectativa é de que a secretária-executiva, com a divisão do superministério de Guedes em três, retome o papel que tinha antes de principal retaguarda do futuro ministro Haddad. Papel que mais recentemente foi executado por Eduardo Guardia, que depois virou ministro da Fazenda, e Ana Paula Vescovi, hoje economista-chefe do Santander.
Galípolo é apontado por colegas como um negociado habilidoso e com trânsito no setor empresarial e financeiro que gosta de trabalhar em equipe. Além dele, entre os cotados para a Fazenda, Bernard Appy e Guilherme Mello.