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Gastos excessivos com produtos de beleza são prejudiciais ao seu orçamento

Educador financeiro faz uma alerta para pessoas que gastam altas quantias de dinheiro em cosméticos

22 out 2024 - 06h00
Resumo
A busca pelo padrão de beleza tem levado as pessoas a gastarem quantias altas em produtos e cosméticos, porém é fundamental encontrar um equilíbrio para evitar excessos.
Foto: Freepik

A busca para atingir o padrão de beleza, que é estabelecido de tempos em tempos, sempre existiu e tem se intensificado com o passar dos anos. Cada vez mais, as pessoas gastam quantias altas em produtos e cosméticos, não apenas com a intenção de manter um cuidado básico e necessário com a pele, mas com objetivos de ter a uma aparência impecável ou extremamente jovial.

Dados de uma pesquisa realizada pela Koin, apontam que 53% dos brasileiros investem entre R$ 150 e R$ 350 por mês em produtos de beleza. Conforme o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) , o segmento de beleza já representa 4% do PIB nacional, consolidando-se como um dos maiores do mundo e colocando o Brasil entre os líderes globais em gastos com esses itens.

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Segundo o educador financeiro, João Victorino, é normal que uma boa parte da população queira gastar certa quantia de dinheiro em produtos de beleza, já que os cuidados básicos são necessários para garantir a eventual saúde da pele do corpo e do bem-estar, do sentir-se bem, por exemplo. Porém, é fundamental não exagerar, tanto na quantidade dos produtos quanto nos próprios gastos que são feitos para mantê-los.

João enfatiza a importância de cuidar da saúde e do próprio orçamento. “Muitos cosméticos  têm um preço elevado, e algumas pessoas compram vários sem ter necessidade, ou pior, sem recomendação médica. Compram porque viram em algum lugar, como redes sociais, e acham que vai ser bom. Além de perigoso, não é recomendado, pois desembolsam altas quantias de dinheiro que, muitas vezes, não estavam programadas”, afirma.

A cultura coreana tem feito bastante sucesso no mundo todo, seja na música com o K-pop ou nas produções para televisão/streaming com os Doramas. O segmento de beleza coreano também está em alta e ditando tendências. Muitas pessoas desejam ter a “pele perfeita” dos coreanos e, para isso, compram produtos diretamente da Coreia para seguir a mesma rotina de cuidados - conhecida como skincare.

Para o educador financeiro, esse comportamento tende a gerar frustração. “A questão não é o dinheiro investido, que pode estar sendo perdido por algo que não funciona, mas é preciso que todos entendam que cada ser humano é diferente e que a genética também influencia. Além disso, estamos falando da população de outro país, com estilo de vida completamente diferente do nosso. Isso torna esse padrão de beleza quase inalcançável”, destaca.

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Neste sentido, João afirma que o ideal é passar por consulta com um dermatologista  para que se possa saber quais são realmente os cuidados necessários que a pele está exigindo. Desta forma, com a orientação médica, acaba sendo mais fácil determinar os produtos que deverão ser comprados, evitando aquisições por impulso ou por engano, já que alguns itens podem não funcionar e ainda, no pior dos casos, causar alergia ou agravar a situação.

O especialista ressalta que tudo é uma questão de equilíbrio. “Não há problema em gastar com cosméticos, mesmo que não seja para a sua saúde e só para a beleza, para que você se sinta melhor. No entanto, é importante tomar cuidado  e avaliar o quanto disso está saindo do controle, e ao invés de servir como melhora da auto-estima, tenha efeito contrário. Reflita se não se tornou obsessão, que vai gerar frustração com sua aparência e também comprometer seu orçamento com gastos excessivos que poderiam ser evitados”, finaliza.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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