Cuidar dos pais já idosos e dos seus próprios filhos. Esse é o dilema da Geração Sanduíche, que está “prensada” entre essas duas questões fundamentais. A indagação aqui é: como sair ileso desse “sanduíche”?
O fato é que geralmente essa tarefa dupla é atribuída às mulheres da família. E isso pode causar esgotamento físico e mental, além de problemas de relacionamento familiar.
Uma reunião importante de trabalho, a apresentação do seu filho na escola e uma consulta médica dos seus pais; não esquecer de pagar o boleto – tudo no mesmo dia – sem esquecer de se hidratar e, se der, dormir um pouco.
A origem desse termo
O termo “geração sanduíche” foi criado pela assistente social Dorothy A. Miller em 1981, para descrever filhos adultos de idosos que estão “imprensados” entre cuidar de seus próprios filhos e seus pais idosos. Este grupo está sujeito a desafios e estresses únicos, mas também pode se beneficiar de vínculos fortes e multigeracionais.
A expressão é mais conhecida nos Estados Unidos e Europa, mas vem ganhando força no Brasil – influenciado pelo aumento médio de expectativa de vida no País, que é cerca de 77 anos (IBGE 2019) ―, aliado à gestação mais tardia.
Além disso, as mulheres, que antes assumiam integralmente a responsabilidade pelo cuidado dos familiares, vêm adquirindo espaço no mercado de trabalho e um equilíbrio se faz necessário em toda essa rotina.
“É preciso dividir responsabilidades com a família, pois é uma fase muito desafiadora na vida da gente”, alerta Márcia Sena, fundadora e CEO da Senior Concierge.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da COMPASSO, agência de conteúdo e conexão.