A Gol anunciou um novo modelo para contagem de milhas, em que as tarifas promocionais não passarão a acumular pontos, informou a companhia aérea na noite de terça-feira, afirmando que a mudança recompensará o cliente que é mais fiel à empresa.
Nos voos domésticos, o cálculo levará em conta o valor da passagem, em vez da distância do voo como é atualmente. Já nos voos internacionais, a referência continuará sendo a distância. As novas regras passarão a valer para as compras feitas a partir de 10 de outubro, acrescentou a companhia em comunicado.
"Com a mudança, os clientes serão estimulados a acumular mais milhas voadas e resgatar bilhetes prêmio com maior frequência", disse a empresa.
Para as passagens domésticas, cada R$ 1 gasto pelo passageiro será convertido em 3 milhas na tarifa flexível ou 2 milhas na tarifa programada. As tarifas promocionais não vão mais acumular milhas. Segundo a Gol, elas "já oferecem benefícios nos preços".
Nos voos internacionais a mudança ficou por conta do número mínimo de milhas recebidas. Serão 5.000 milhas em voos para os Estados Unidos, 3.000 milhas para a América Central e 1.000 milhas para destinos na América do Sul. "Para voos codeshare (em que há compartilhamento com outras companhias), não existe mínimo, porém as conexões também serão consideradas para o acúmulo de milhas", informou a Gol.
Natarifa promocional e programada, os clientes de voos internacionais receberão o piso. Na tarifa "flexível", ganharão 25% a mais sobre o patamar mínimo. O acréscimo será de 50% na tarifa "comfort", mais cara. A Gol afirmou que clientes Smiles Diamante da companhia passarão a acumular no mínimo 1.000 milhas em qualquer voo da empresa, exceto para as tarifas promocionais nos voos dentro do Brasil.
A concessão de bônus por categoria de fidelização continua sendo contemplada na política de milhagem: os clientes Smiles Diamante recebem 100 por cento a mais sobre as milhas acumuladas, os clientes Ouro ganham 50% a mais e os clientes Prata, 25%.
O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, afirmou no final de agosto que a empresa poderia intensificar corte de oferta de assentos por causa da alta do dólar contra o real frente a um nível fraco de atividade econômica do País. A Gol tem reduzido oferta em voos domésticos desde 2011 diante de alta nos preços do combustível de aviação, agravada pela valorização do dólar. A meta da empresa é reduzir capacidade em 9% este ano.