A empresa aérea Gol sofreu o oitavo trimestre seguido de prejuízo líquido, mas conseguiu reduzir as perdas em 95,7% no quarto trimestre de 2013 sobre igual período de 2012, informou a companhia na noite de terça-feira.
A segunda maior empresa aérea do Brasil em participação de mercado teve prejuízo de R$ 19,3 milhões entre outubro e dezembro, ante R$ 447 milhões de reais um ano antes.
O resultado indica uma continuidade da recuperação da Gol, que já no terceiro trimestre havia registrado um recuo nas perdas em cerca de 35%.
A Gol também conseguiu encerrar o ano com margem Ebit de 3%, no teto de sua meta.
Para 2014, a empresa projeta uma margem operacional de 3% a 6%, com crescimento de até 10% no custo excluindo a conta de combustível. Além disso, a Gol projeta queda de entre 1% e 3% na oferta de assentos no mercado doméstico, apesar da realização da Copa do Mundo de futebol no Brasil, e crescimento de até 8% no mercado internacional.
"O cenário macroeconômico para o ano de 2014 se demonstra ainda mais desafiador com o preço do combustível superior a 2013 e a desvalorização do real frente ao dólar, mantendo a pressão dos custos", afirmou a Gol no balanço.
Os resultados recentes da empresa vêm recebendo impulsos de aumento de preços de passagens e redução de custos depois que a empresa cortou voos e reduziu funcionários em 2013.
O indicador de preços de passagens aéreas, yield, teve alta de 19% no quarto trimestre, sobre um ano antes, enquanto a receita por passageiro teve alta de 27%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing de aeronaves (Ebitda) somou R$ 552 milhões no período, ante número negativo em R$ 43,7 milhões no quarto trimestre de 2012.
A receita líquida somou R$ 2,728 bilhões, alta de 28,7% na comparação anual, influenciada pelo crescimento do yield e pelo aumento na taxa de ocupação.
A Gol informou ainda que no acumulado de 2013, o Ebitda somou R$ 1,5 bilhão, "maior nível histórico da companhia".
Também no acumulado de 2013, a Gol registrou prejuízo de R$ 724,6 milhões, redução de mais de 50% ante 2012.
Embora a Gol tenha registrado recuo de 3,5% nos custos e despesas operacionais em 2013, no trimestre houve alta de 3,6%, comparando com o quarto trimestre de 2012.
Considerando apenas os gastos com combustível de aviação, que tem pressionado os resultados da empresa, houve recuo de 3,5% no acumulado de 2013.
A posição da caixa da empresa terminou 2013 em nível recorde de R$ 3 bilhões, ou 34% da receita líquida do ano passado. Enquanto isso, a dívida líquida caiu quase 30%, para R$ 2,54 bilhões.