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Golpe do home office: 5 dicas para você não ser vítima

Fraudadores se passam por colaboradores de grandes empresas para fisgar vítimas; Veja como evitar

11 fev 2023 - 01h00
Foto: Adobe Stock

Com 8,7 milhões de pessoas desempregadas no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), muitos brasileiros recorrem ao ambiente digital para buscar uma recolocação no mercado de trabalho. Porém, muitos não percebem que há fraudadores à espreita para aplicar o chamado golpe de reenvio ― que também é conhecido como golpe do home office.

“Os golpistas tendem a associar a imagem a empresas conhecidas no mercado e oferecem benefícios irreais, como a chance de trabalhar poucas horas por dia e ter um alto retorno financeiro”, diz Thiago Bertacchini, senior business development executive da Nethone, empresa SaaS que atua com prevenção de fraudes por meio da tecnologia Know Your Users.

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“Como forma de fisgar a vítima, eles podem usar artifícios como um investimento inicial para acessar uma determinada plataforma ou para a aquisição de um curso obrigatório, por exemplo. Isso pode, além de prejudicar a vítima financeiramente, provocar uma crise de reputação na empresa que o fraudador diz fazer parte”, completa ele.

Bertacchini dá 5 dicas para você detectar esse tipo de fraude.

1. Analise a mensagem

Há certos padrões que acabam se repetindo nestas situações e este primeiro passo pode ajudar a pessoa a reconhecer uma situação de golpe e acabar não sendo mais uma vítima. 

“Em muitos casos, os golpistas podem deixar passar certos erros de ortografia e pontuação, ou até mesmo uma frase incoerente e sem muito sentido. Esse pode ser um indicativo para que a pessoa reconheça que está sendo vítima de um golpe”, explica o executivo.

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2. Analise o canal

Muitas empresas contam com um canal próprio para entrar em contato com candidatos de processos seletivos. 

“Há plataformas que são próprias para que o recrutamento seja realizado integralmente, da inscrição à proposta final para contratação do candidato. No momento de se inscrever em uma vaga, veja quais são os canais oficiais de comunicação daquela empresa e desconfie sempre que algo destoar do que você leu anteriormente. Além disso, sempre se atente à imagem e a alguma descrição que as pessoas apresentam no momento de oferecer uma vaga de emprego. Isso pode ajudar a reconhecer se aquele canal de contato que foi estabelecido é, de fato, confiável”, conta Bertacchini.

3. Entenda o que está sendo oferecido

O foco da mensagem estabelecida deve estar mais na vaga que está sendo oferecida e menos nos benefícios que aquela vaga vai proporcionar. Geralmente, recrutadores entram em contato para mostrar que a pessoa tem um perfil aderente à oportunidade, e os benefícios são apresentados, geralmente, em uma reunião de aceite. 

“Processos seletivos não tendem a contar com custos extras como a aquisição de um curso obrigatório ou uma ‘taxa para começar a trabalhar’. Isso facilita aos fraudadores terem acesso aos dados pessoais e bancários da vítima. Não se confunda, pois não haverá retorno financeiro, apenas dor de cabeça”, complementa.  

4. Não tenha medo de fazer perguntas

Quando perceber que está em uma oportunidade que é ‘boa demais para ser verdade’, não tenha medo de questionar mais a respeito do que está sendo oferecido. 

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“Uma alternativa pode ser perguntar sobre algum perfil oficial no LinkedIn da pessoa que está entrando em contato para oferecer a oportunidade ou até mesmo o número do Conselho Regional de Administração que os profissionais de RH devem ter registro. Se for um caso de golpe, o fraudador tende a acabar se enrolando e passando informações que são incoerentes, ou até mesmo desistem do contato”, aconselha ele.

5. Se acabar sendo vítima, faça um boletim de ocorrência

“Em muitas cidades, há delegacias especializadas em crimes cibernéticos que têm o dever de oferecer suporte às pessoas que caem nestas armadilhas. Caso tenha transferido um valor para alguma conta, pode ser mais simples de rastrear o fraudador. E, não sinta vergonha, pois esses casos são mais comuns do que se imagina”, finaliza Bertacchini.

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