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Golpe do Pix: descubra quais são e como ser ressarcido

29 jun 2024 - 13h30
Golpe do Pix - Foto: iStock
Golpe do Pix - Foto: iStock
Foto: Suno

Dois anos após seu lançamento, o Pix se tornou o método de pagamento mais popular do Brasil em 2023. Somente no ano passado, os brasileiros realizaram quase 42 bilhões de transações por meio do sistema. Em meio à popularização do serviço, os golpes também têm se tornado cada vez mais comuns.

Clonagem de WhatsApp, vendas de produtos com preços abaixo da média do mercado e até pedidos de transações para regularizar pendências são algumas das estratégias utilizadas por criminosos para tentar enganar as vítimas.

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Como funcionam os golpes do Pix?

De acordo com um levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), cinco golpes se destacam como os mais frequentes envolvendo o uso do Pix.

1. Golpe do funcionário de banco

Neste caso, o fraudador entra em contato com a vítima se passando por um funcionário de banco para oferecer ajuda no cadastro de uma nova chave do Pix ou até solicitar um teste para regularizar o cadastro do usuário.

Além disso, existem ainda casos em que o cliente recebe um SMS falso em nome do banco, que pode ser feito por um número 0800, para falar sobre uma operação suspeita e solicitar dados bancários para anular a suposta transação.

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2. Golpe do falso recibo

Comum entre vendedores e comerciantes, este golpe consiste na criação de um recibo falso com dados bancários e informações do destinatário, simulando um pagamento que aparenta ser legítimo. No entanto, ao checar o saldo da conta posteriormente, o vendedor ou recebedor do Pix descobre que o dinheiro não foi de fato transferido. 

3. Golpe da clonagem do WhatsApp

Para poder clonar o WhatsApp das vítimas, os criminosos enviam mensagens para os usuários por meio do aplicativo de mensagens, se passando por empresas nas quais os clientes possuem cadastro, e solicitam um código de segurança enviado por SMS. Dessa forma, é possível replicar a conta de WhatsApp e enviar mensagens para os contatos da pessoa para pedir dinheiro emprestado via Pix.

Uma outra possibilidade, também por meio do WhatsApp, acontece quando o criminoso escolhe uma vítima, coleta imagens e informações dela por meio das redes sociais e envia mensagens para amigos, familiares e contatos da pessoa se passando por ela e alegando ter trocado o número de celular. Em seguida, os infratores solicitam as transferências. 

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4. Golpe do falso leilão

Um golpe antigo que também está ocorrendo por meio do Pix é o do "falso leilão". Neste caso, os criminosos fazem anúncios em sites de vendas e leilões para oferecer produtos com preços abaixo da média do mercado. Para efetivar a compra, eles solicitam transferências antecipadas via Pix. Entretanto, após realizarem o pagamento, os usuários perdem contato com o suposto vendedor e nunca recebem o produto.

5. Golpe do acesso remoto

Simulando ser um funcionário de uma instituição financeira ou de alguma companhia prestadora de serviços, os criminosos entram em contato com as vítimas e enviam links para a instalação de aplicativos que supostamente servem para solucionar problemas específicos. No entanto, quando o usuário faz o cadastro, os golpistas conseguem acesso remoto ao celular ou computador da vítima e, consequentemente, têm acesso a todos os dados, utilizando-os para realizar as transferências.

Como se proteger e ser ressarcido?

Para facilitar as devoluções de dinheiro em casos de fraude, o Banco Central desenvolveu o Mecanismo Especial de Devolução (MED). A ferramenta inclui todas as instituições bancárias que possuem transferências via Pix.

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Com isso, ao sofrer um golpe, os usuários podem solicitar a devolução do valor por meio do mecanismo, desde que o registro da ocorrência ocorra em até 80 dias da data em que o Pix foi realizado. 

Para acionar o MED, é necessário que as vítimas entrem em contato com a instituição financeira e abram um pedido de reclamação, explicando o golpe sofrido e qual foi a transferência realizada para o golpista.

Em seguida, caso o banco entenda que o caso se enquadra no MED, o recebedor do Pix terá seus recursos bloqueados. Então, o caso será analisado dentro de sete dias e, se a fraude for identificada, em até 96 horas o usuário recebe o dinheiro de volta (integral ou parcialmente).

Em 2023, foram mais de 2,5 milhões de pedidos de estorno do Pix. Vale ressaltar, no entanto, que apenas 9% das solicitações feitas no último ano foram reembolsadas. 

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Para tornar o sistema mais eficaz, a Febraban apresentou uma proposta ao Banco Central para ampliar o rastreio do Pix em mais camadas e conseguir entender se o dinheiro será transferido para uma terceira conta, por exemplo. Denominado de MED 2.0, a nova versão do serviço será desenvolvida ao longo do segundo semestre deste ano. 

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