O Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – encerrou 2014 com déficit primário de R$ 17,243 bilhões. É a primeira vez que o resultado primário fica deficitário desde o início da série histórica atual, em 1997. Em dezembro, o resultado foi superavitário em R$ 1,039 bilhão. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional.
O Governo Central não cumpriu a meta alterada de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida – para 2014, que era R$ 10,1 bilhões. A meta original, de R$ 80,7 bilhões, foi reduzida em razão da queda na arrecadação e aumento de gastos.
De janeiro a dezembro, as receitas líquidas do Governo Central cresceram 3,6% em relação a 2013. Os gastos, porém, aumentaram em ritmo maior: 12,8%.
O maior crescimento ocorreu nas despesas de custeio – manutenção da máquina pública – e capital, que subiram 19,3%. As despesas com folha de pagamento e encargos sociais aumentaram 8,4% em relação a 2013. Na rubrica das despesas de custeio e capital, as variações mais significativas foram o aumento de 14,5% nas despesas discricionárias – que o governo pode ou não executar – e de 29% nas despesas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).