Oferecimento

Governo considera estender o auxílio emergencial

Negociação envolve a prorrogação do benefício com recursos de sobras orçamentárias do Bolsa Família

19 out 2021 - 05h14
(atualizado às 07h11)

A 13 dias do fim do auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro indicou ontem a extensão do benefício. O anúncio final deverá ser feito ainda nesta semana e, a depender do acerto final, pode dar mais tempo para a definição do novo programa social do governo em 2022, o Auxílio Brasil.

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto
27/09/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 27/09/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Uma das possibilidades é estender o auxílio emergencial por mais dois meses com recursos de sobra orçamentária do próprio programa Bolsa Família, cerca de R$ 12 bilhões.

Publicidade

Num ambiente de muita tensão e informações desencontradas de autoridades do governo e de políticos, dois debates estão na mesa: a renovação do auxílio emergencial, em novembro e dezembro, e a extensão do benefício também em 2022. Os políticos querem as duas prorrogações fora do teto do gastos para sobrar mais espaço no Orçamento para gastos com emendas e obras públicas. O teto é a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação.

A área econômica avalia que é possível prorrogar o auxílio emergencial este ano dentro do teto de gastos. Já a prorrogação do benefício para 2022 não teria como ser feita dentro do teto. Por isso, o embate ainda não está definido.

"Se Deus quiser, resolveremos essa semana a extensão do auxílio emergencial", disse Bolsonaro, em cerimônia de lançamento do programa Jornada das Águas, em São Roque de Minas (MG).

Segundo apurou o Estadão, o que está ficando claro é um desenho de um auxílio temporário, além do Bolsa Família. A dúvida está em relação ao número de beneficiários. O ministro da Cidadania, João Roma, defende a inclusão dos informais que deixarão de receber o auxílio emergencial e não se enquadram no novo programa Bolsa Família, o Auxílio Brasil. Ele argumenta que, apesar do início da recuperação econômica, essas pessoas ainda sofrem as consequências da pandemia.

Publicidade
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se