O governo de Minas Gerais encaminhou nesta quinta-feira à Assembleia Legislativa um projeto de lei para privatizar a companhia elétrica Cemig, transformando-a em uma "corporation", sem controlador definido.
A proposta se encaixa nos planos do governo de Romeu Zema (Novo) de "modernizar" as estatais Cemig e Copasa e eventualmente conseguir, no futuro, um "maior abatimento da dívida" do Estado com a União em potencial negociação para federalização dessas empresas.
Essa ideia já vinha sendo aventada há alguns meses, conforme declarações anteriores do secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais.
Segundo o governo mineiro, o modelo proposto para a desestatização da Cemig prevê que o Estado de Minas Gerais passaria a ser o acionista referência, inclusive com poder de veto ("golden share").
A privatização da Cemig com transformação em corporation, a exemplo do que ocorreu com a Eletrobras, "aumentará o valor de mercado da companhia", defendeu o governo de Minas Gerais.
"Assim, a companhia energética passará a ter mais sócios que estão obrigados a realizar investimentos em Minas sempre superiores à desvalorização dos seus ativos para melhorar o atendimento a indústrias, clientes rurais e residenciais. A sede da Cemig continuará em Belo Horizonte", diz o comunicado.
Uma das poucas estatais remanescentes do setor elétrico, a Cemig opera a maior distribuidora de energia do país, além de operar em geração e transmissão de energia e distribuição de gás canalizado.