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Governo deixa anúncio de pacote de corte de gastos para a próxima semana e pressiona Haddad

Rodada de reuniões ao longo da semana com ministros das áreas que seriam alvo de medidas turbinou resistências , levando ao risco de desidratação do pacote esperado para reequilibrar as contas públicas

8 nov 2024 - 19h14
(atualizado às 20h01)
LULA BRASÍLIA DF 03.07.2024 LULA/ PLANO SAFRA POLÌTICA OE - O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhado da primeira-dama Janja da Silva e dos ministros Paulo Teixeira ( Agricultura familiar, e Reforma Agrária) Fernando Haddad (Fazenda) Luiz Marinho (Trabalho), durante o lançamento do Plano Safra em cerimônia realizada na manhã desta quarta-feira 03 de Julho de 2024 no Palácio do Planalto em Brasília . O presidente Lula visitou a feira com os produtos que foi montada em frente ao Palácio. Na foto, o presidente Lula e o ministro da fazenda Fernando Haddad. FOTO: WILTON JUNIOR
LULA BRASÍLIA DF 03.07.2024 LULA/ PLANO SAFRA POLÌTICA OE - O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanhado da primeira-dama Janja da Silva e dos ministros Paulo Teixeira ( Agricultura familiar, e Reforma Agrária) Fernando Haddad (Fazenda) Luiz Marinho (Trabalho), durante o lançamento do Plano Safra em cerimônia realizada na manhã desta quarta-feira 03 de Julho de 2024 no Palácio do Planalto em Brasília . O presidente Lula visitou a feira com os produtos que foi montada em frente ao Palácio. Na foto, o presidente Lula e o ministro da fazenda Fernando Haddad. FOTO: WILTON JUNIOR
Foto: Wilton Junior/WILTON JUNIOR/Estadão / Estadão

BRASÍLIA - O governo Lula adiou o anúncio do pacote de medidas de corte de gastos para reequilibrar as contas públicas, que enfrenta resistências na Esplanada e pode ser desidratado. A reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira, 7, sobre o pacote terminou sem qualquer anúncio.

De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência, o encontro foi finalizado pouco antes das 18h30 e não há perspectivas de entrevistas sobre o tema ainda nesta sexta. Também não foi divulgado se novas reuniões serão retomadas na semana que vem.

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Um pouco antes, o Ministério da Fazenda informou que o titular da Pasta, Fernando Haddad, já havia saído do encontro e estava a caminho da base aérea de Brasília para embarcar para São Paulo, às 19 horas. Há previsão de que a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, esteja no mesmo voo em direção à capital paulista.

Havia a expectativa de que o pacote de medidas para cortar despesas e reequilibrar as contas públicas, dando uma sobrevida ao arcabouço fiscal, fosse anunciado ainda esta semana. Na segunda-feira, Haddad afirmou que o governo estava na "reta final" de ajustes.

No entanto, a rodada de reuniões ao longo da semana com ministros das áreas que seriam alvo das medidas turbinou as resistências, levando ao risco de desidratação do pacote elaborado pela equipe econômica.

A demora no anúncio preocupa o mercado financeiro, que teme que sobrevivam apenas medidas de "pente-fino" em detrimento de mudanças estruturais que controlem a trajetória da dívida pública.

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Como mostrou o Estadão, no Ministério da Fazenda, Haddad ainda não se deu por vencido. A interlocutores, tem dito que é preciso esperar "o fim da história", para saber quem vai levar a disputa política interna.

Estiveram presentes na reunião desta sexta, segundo o Palácio do Planalto, os seguintes ministros:

  • Geraldo Alckmin, Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
  • Rui Costa, ministro da Casa Civil
  • Fernando Haddad, ministro da Fazenda
  • Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego
  • Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento
  • Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social
  • Camilo Santana, ministro da Educação
  • Nísia Trindade, ministra da Saúde
  • Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
  • Jorge Messias, Advogado-Geral da União

'Tropa de choque' da Fazenda

Haddad acionou nesta sexta a "tropa de choque" quase completa de sua pasta para a reunião ministerial no Planalto com Lula.

Participaram com o ministro os secretários Dario Durigan (executivo), Guilherme Mello (Política Econômica), Robinson Barreirinhas (Receita Federal) e Marcos Pinto (Reformas Econômicas).

A primeira das reuniões ministeriais sobre cortes de gastos ocorreu na segunda-feira. Desde então, Haddad vinha sendo sempre acompanhado de Durigan e Mello.

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