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Governo dos EUA reduz estimativa de expansão do 4º trimestre

Gastos dos consumidores e exportações foram menos robustas do que inicialmente imaginado, sugerindo perda de força para o início de 2014

28 fev 2014 - 12h38
(atualizado às 12h38)

O governo dos Estados Unidos reduziu sua estimativa para o crescimento no quarto trimestre de 2013 uma vez que os gastos dos consumidores e as exportações foram menos robustas do que inicialmente imaginado, sugerindo certa perda de força para o início de 2014.

O Produto Interno Bruto dos EUA cresceu a uma taxa anual de 2,4%, disse o Departamento do Comércio nesta sexta-feira, representando uma forte queda ante o ritmo de 3,2% anunciado no mês passado e ante os 4,1% registrados no terceiro trimestre.

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Economistas consultados pela Reuters esperavam que o crescimento seria reduzido a um ritmo de 2,5%.

Não é incomum que o governo realize fortes revisões nos números do PIB, já que não possui dados completos quando faz suas estimativas iniciais. De fato, os números mais recentes estarão sujeitos a revisões no mês que vem, à medida que mais informações sejam recebidas.

A revisão deixou o PIB pouco acima da tendência de crescimento potencial da economia, que analistas calculam em algo entre 2% e 2,3%.

Os gastos dos consumidores responderam por boa parte da revisão depois que as vendas no varejo em novembro e dezembro foram mais fracas do que se presumia.

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Os gastos dos consumidores foram cortados para uma taxa de 2,6%, ainda o ritmo mais rápido desde o primeiro trimestre de 2012. Os dados relatados anteriormente mostravam um crescimento a um ritmo de 3,3%.

Respondendo por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, os gastos dos consumidores contribuíram com 1,73 ponto percentual para o crescimento do PIB, ante 2,26 pontos divulgados anteriormente. Como resultado, a demanda doméstica final foi reduzida a uma taxa de 1,2%.

A perda de ímpeto parece ter se estendido para o primeiro trimestre de 2014, com um inverno excepcionalmente frio pesando sobre as vendas no varejo, a construção e vendas de moradias e a produção industrial

Fraqueza temporária

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que vem reduzindo o volume de dinheiro que injeta na economia através de compras mensais de ativos, vê a recente fraqueza como temporária.

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A chair do Fed, Janet Yellen, disse a parlamentares na quinta-feira que o clima frio teve um papel nos dados enfraquecidos. Ela disse, porém, que será necessária uma "mudança significativa" nas perspectivas econômicas para que o Fed suspenda planos de reduzir as compras de ativos.

Apesar do fraco começo no primeiro trimestre, economistas permanecem otimistas de que o crescimento este ano será o mais forte desde que a recessão terminou há quase cinco anos. A economia cresceu 1,9% em 2013 inteiro.

Uma alta da inflação também foi responsável pela redução do crescimento do PIB no quarto trimestre. Um índice de preço no relatório do PIB mostrou alta de 1%, em vez dos 0,7% divulgados anteriormente.

O comércio também pesou sobre as revisões do quarto trimestre, depois que uma queda nas exportações em dezembro resultou em um déficit maior na balança comercial no quarto trimestre do que o governo estimava inicialmente.

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A contribuição do comércio ao crescimento foi reduzida de 1,33 ponto percentual para 0,99 ponto percentual, número que ainda é a maior contribuição ao PIB desde o final de 2010.

Os estoques, para os quais foi relatado anteriormente um crescimento de US$ 127,2 bilhões no quarto trimestre, foram revisados para US$ 117,4 bilhões. O crescimento nos estoques de produtos não vendidos ainda foi o maior desde 1998 e seguiu-se a um ganho de US$ 115,7 bilhões no terceiro trimestre de 2013.

A contribuição dos estoques ao crescimento, que o governo havia colocado em 0,42 ponto percentual há um mês, foi cortado para apenas 0,14 ponto percentual. Excluindo estoques, a economia cresceu a um ritmo de 2,3%, revisado para baixo de um ritmo de 2,5%.

Os gastos do governo também foram revisados para baixo, mas o impacto foi compensado por revisões para cima nos investimentos em construção residencial, estruturas não-residenciais e gastos de empresas com equipamentos.

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