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Governo pode elevar imposto para cumprir meta de superávit

De acordo com uma fonte que falou sob condição de anonimato, aumento dos tributos PIS e Cofins será feito por decreto

18 mai 2015 - 19h16
(atualizado às 19h17)
Presidente Dilma Rousseff durante encontro com o o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro no Palácio do Planalto, em Brasília, em 13 de maio
Presidente Dilma Rousseff durante encontro com o o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro no Palácio do Planalto, em Brasília, em 13 de maio
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

A equipe econômica da presidente Dilma Rousseff avalia que será preciso aumento de impostos para tentar cumprir a meta de superávit primário deste ano, após as mudanças feitas pelo Congresso em medidas provisórias relacionadas ao ajuste fiscal, disse à Reuters nesta segunda-feira uma fonte do governo com informações sobre o assunto.

Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, o Ministério da Fazenda acertou com Dilma que haverá aumento dos tributos PIS e Cofins a ser feito por decreto. "Esse aumento do PIS e da Cofins será anunciado após o contingenciamento de verbas (do Orçamento da União)", disse, sem dar mais detalhes.

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"A conta do superávit não fecha após as alterações feitas no Congresso nas MPs 664 e 665 e mesmo considerando o contingenciamento", afirmou.

O contigenciamento de gastos do Orçamento, que deverá ficar entre 70 bilhões e 80 bilhões de reais, terá que ser anunciado nos próximos dias.

As MPs 664 e 665, que alteram regras de acesso a benefícios previdenciários e trabalhistas, respectivamente, foram aprovadas na Câmara dos Deputados com alterações que reduzem em cerca de 3,5 bilhões de reais a economia prevista com as alterações para este ano.

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No caso da MP 664, ela foi votada pelos deputados com aprovação também de uma flexibilização do Fator Previdenciário, em um revés que pesará nas contas públicas mais à frente. 

De acordo com a fonte, pesa ainda sobre o esforço fiscal do governo o fato de a Receita Federal não poder contar mais para 2015 com os efeitos da reversão parcial da desoneração da folha de pagamento das empresas.

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A reversão parcial da desoneração da folha, na forma inicial como foi idealizada pela Fazenda, geraria redução de 5 bilhões na renúncia de 25 bilhões de reais projetada para este ano. 

A meta de superávit primário, a economia feita pelo governo para pagamento de juro da dívida pública, é de 66,3 bilhões de reais em 2015, equivalente a 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

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Mas com a arrecadação fraca devido ao baixo ritmo de atividade, desonerações tributárias altas e gastos públicos em patamar elevado, o superávit primário ficou negativo em 0,70 por cento do PIB nos 12 meses encerrados em março.

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