O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, disse nesta sexta-feira que as despesas discricionárias são foco de "atenção" do governo, mas que os ministérios não correm risco de paralisação por falta de recursos em 2021.
Ele confirmou, no entanto, que não haverá Censo neste ano, por falta de dotação orçamentária, e que a realização da pesquisa - de responsabilidade do IBGE, vinculado ao Ministério da Economia - será discutida ao longo deste ano.
"Entendemos que neste momento... não ocorremos risco de termos parada em nenhum dos ministérios", disse Waldery em entrevista coletiva para comentar os dados da lei orçamentária, publicada nesta sexta-feira após sanção do presidente Jair Bolsonaro.
O secretário disse que o Orçamento prevê R$ 87 bilhões em despesas discricionárias, que incluem gastos com o custeio da máquina pública e investimentos, além de 16 a 17 bilhões de reais em despesas para essas dotações previstas em emendas parlamentares.
Também presente na entrevista, o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, disse que o governo estima que o volume necessário de discricionárias é em torno de R$ 70 bilhões, tendo-se como referência as despesas do ano passado, quando houve gastos maiores em saúde por causa da pandemia.
"Em um ano normal, alguma coisa em torno de 65 (bilhões de R$) seria um número mínimo de discricionária para rodar a máquina", disse Funchal.