O governo federal pretende subsidiar a importação de arroz para conter o aumento do produto em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul, estado que é responsável por 70% da produção nacional. Segundo o jornal O Globo, o plano é importar até 1 milhão de toneladas do produto e o objetivo é manter o preço de R$ 20 para o pacote de 5 quilos de arroz.
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Para isso, o governo teria que conceder, em média, um subsídio de R$ 5 por pacote. O valor final de R$ 20 a cada cinco quilos já considera a margem de venda de pequenos comerciantes, mercados e mercearias, para quem o arroz será vendido.
Em pesquisas na internet, pacotes nessa gramatura e de diferentes marcas aparecem com preços maiores do que os R$ 20 previstos pelo governo.
Inicialmente, ainda de acordo com o jornal, o governo federal deve importar 100 mil toneladas de arroz de países do Mercosul, que possuem isenção tributária. A maior parte deve vir do Paraguai, o maior vendedor de arroz ao Brasil.
Para atingir a meta de 1 milhão de toneladas, o Brasil teria ainda que buscar mercados fora do Mercosul, como Tailândia e Vietnã, de acordo com o interlocutor do jornal.
Dois editais devem ser lançados em breve: um para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) possa importar o produto e outro para distribuição.
Enchentes no RS e desabastecimento
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou, no começo da noite de segunda-feira, 13, que 450 dos 497 municípios já foram prejudicados pelo temporal que assola o Estado desde o fim de abril, o que representa um total de 90,5% das cidades gaúchas.
A Federarroz, que representa Associações de Arrozeiros Regionais do RS, informou, no entanto, que 84% da área cultivada no Estado foi colhida antes do início das chuvas. Segundo a entidade, a projeção da safra 2023/2024 atingiu aproximadamente 7.150 mil toneladas, o que representa uma redução de cerca 1,24% em relação ao volume produzido na safra anterior.
"Assim, percebe-se que a possível diminuição da disponibilidade de arroz em razão das perdas de produtores afetados pelas enchentes que assolam o Estado será, inevitavelmente, compensada pelo incremento da importação e perda de competitividade do arroz brasileiro no Mercado externo", diz a federação em nota, que finaliza considerando que não há risco de desabastecimento.