Conversas realizadas desde sábado em Bruxelas foram encerradas sem sucesso, devido a "divergências significativas". Diálogo deverá continuar nesta semana, em reunião do Eurogrupo em Luxemburgo.
As negociações entre a Grécia e os credores internacionais, realizadas desde sábado em Bruxelas, terminaram neste domingo (14) sem acordo, devido a "divergências significativas" que persistem entre os dois lados, em relação às reformas que Atenas deve realizar.
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"Embora tenham havido alguns avanços, as conversações não tiveram êxito, já que continua a haver divergências significativas entre os planos das autoridades gregas e as reivindicações da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional", afirmou um porta-voz da Comissão.
As conversas deverão continuar nesta semana, numa reunião do Eurogrupo. Os 19 ministros das Finanças da zona do euro se encontrarão na quinta-feira em Luxemburgo.
"O presidente Juncker segue convencido de que, com um maior esforço reformista do lado grego e a vontade política de todas as partes, poderá ser encontrada uma solução no fim do mês", observou o porta-voz.
O governo grego afirma que as exigências dos credores "são absurdas" e acusou sobretudo o FMI de ter uma posição "intransigente e dura", principalmente por reivindicar novos cortes de aposentadorias e aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).
O programa de ajuda para a Grécia vence no final deste mês. Os credores exigem de Atenas uma série de reformas, para que seja desbloqueada uma nova parcela de ajuda de 7,2 bilhões de euros, essencial para manter o país em condições de honrar seus compromissos. Sem o dinheiro, o país não vai poder saldar sua dívida de 1,6 bilhão de euros junto ao FMI, que também vence no próximo dia 30.