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Greve do IBGE impede pela 2ª vez divulgação sobre desemprego

Com a paralisação, foram disponibilizados apenas os dados de quatro das seis regiões

24 jul 2014 - 11h37
<p>Taxa ficou estável em relação ao mês anterior em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e em São Paulo, e apresentou queda de 1 ponto percentual no Recife</p>
Taxa ficou estável em relação ao mês anterior em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e em São Paulo, e apresentou queda de 1 ponto percentual no Recife
Foto: Terra

A greve dos funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que já dura cerca de dois meses, impediu a coleta regular de dados nas regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre e impediu o instituto de divulgar a taxa média de desemprego em junho, pelo segundo mês consecutivo. Com a paralisação, foram disponibilizados apenas os dados das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Belo Horizonte.

Excepcionalmente, segundo o IBGE, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de junho foi prejudicada pelo atraso nas etapas de coleta, apuração, crítica, análise e avaliação da qualidade dos dados coletados em sua totalidade. “Posteriormente, em data ainda não definida, está prevista a divulgação dos dados completos do mês de junho incluindo as regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre”, esclarece o Instituto.

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Pelos dados da PME coletados regionalmente, em junho, a taxa de desocupação (proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa) ficou estável em relação ao mês anterior em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e em São Paulo, e apresentou queda de 1 ponto percentual no Recife. Em relação a junho de 2013, a taxa caiu 1,5 ponto percentual em São Paulo e 2,1 ponto percentual no Rio de Janeiro, mantendo-se estável em Recife e Belo Horizonte.

Já o contingente de desocupados (pessoas sem trabalho que estão tentando se inserir no mercado) manteve-se estável em todas as regiões na comparação com o mês de maio deste ano. No confronto com junho de 2013, caiu 24,3% em São Paulo e 40,3% no Rio de Janeiro, mantendo estabilidade em Recife e Belo Horizonte.

Os números do IBGE indicam que o emprego privado com carteira assinada manteve-se estável nas quatro regiões, tanto na comparação com o mês anterior quanto com junho de 2013, o mesmo acontecendo em relação aos empregados sem carteira assinada no setor privado, na comparação mensal, nas quatro regiões.

Quando a comparação se dá com junho do ano passado, no entanto, São Paulo registrou queda de 17,7% e as demais regiões registraram estabilidade.

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Na classificação por grupamentos de atividade, em junho de 2014, a indústria em São Paulo apresentou queda de 4,1% na comparação com o mês anterior e de 5,9% em relação a junho de 2013. Já o grupamento outros serviços apresentou crescimento na comparação com o mês anterior no Recife (12,3%) e em relação a junho de 2013 em Belo Horizonte (9,8%) e em Recife (12,7%).

No Rio de Janeiro houve queda no setor de serviços prestados às empresas (-7,8%) na comparação com junho de 2013. Todas as demais comparações com o mês anterior e com o mesmo mês do ano passado apresentaram estabilidade no estado.

A pesquisa indica, ainda, que o rendimento médio real caiu nas quatro regiões metropolitanas divulgadas. De maio para junho, a queda foi 1% no Recife; 2,2% em Belo Horizonte; 0,5% no Rio de Janeiro; e - 1,6% em São Paulo. Já na comparação com junho do ano passado o rendimento médio real subiu no Recife (3,9%), Rio de Janeiro (6,5%) e em São Paulo (0,6%), mantendo estabilidade em Belo Horizonte.

Realizada nas principais regiões metropolitanas do País, a Pesquisa Mensal de Emprego produz indicadores mensais sobre a força de trabalho que permitem, segundo o IBGE, “avaliar as flutuações e a tendência, a médio e a longo prazos, do mercado de trabalho, nas suas áreas de abrangência, constituindo um indicativo ágil dos efeitos da conjuntura econômica sobre esse mercado, além de atender a outras necessidades importantes para o planejamento socioeconômico do País”.

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Agência Brasil
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