O Grupo Vice Media, detentor de marcas como a Vice e Motherboard, anunciou na última quinta-feira, 22, que não vai publicar mais reportagens em seu principal site. Com isso, a empresa também comunicou a demissão de centenas de funcionários.
Conhecida por publicações de conteúdo de estilo de vida, a marca foi uma das preferidas do público jovem durante anos. Nos últimos anos, a empresa, no entanto, passou a enfrentar dificuldades com a queda nas receitas de publicidade e, no ano passado, entrou com um pedido de falência nos Estados Unidos.
Um grupo de credores liderado pelo Fortress Investment Group a adquiriu por quase 350 milhões dólares, o equivalente a R$ 1,7 bilhão. Em 2017, a empresa foi avaliada em 5,7 mil milhões de dólares (5,2 mil milhões de euros).
"Com esta mudança estratégica, chega a necessidade de realinhar os nossos recursos e otimizar nossas operações na Vice", afirmou Bruce Dixon, CEO do Vice Media Group, aos funcionários em um memorando que foi divulgado por jornalistas da empresa, segundo a agência de notícias AFP.
A Vice foi fundada em 1994 como uma revista canadense e cresceu a ponto de virar um grupo de mídia digital, com sites de notícias e programas na televisão. Desde o início, a empresa apostou na imagem 'bad boy' do setor digital e conseguiu muito sucesso.