O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considera que não há necessidade de aporte ao setor elétrico, no momento. Segundo ele, o governo está observando o setor todos os meses para garantir seu "pleno funcionamento".
“A situação do setor melhorou porque o regime de chuvas deu uma melhorada. Conseguimos equacionar o prolema maior que era das distribuidoras. O preço, que é regulado pela agência de energia, já está se reduzindo. Significa que há mais capacidade energética sendo gerada”. O ministro acrescentou que há mais água em vários reservatórios para gerar energia.
No último dia 29, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, decartou um novo socorro ao setor elétrico por meio de aumento de impostos. Segundo ele, a medida não está em discussão na equipe econômica.
Segundo o secretário, o governo gastará somente os R$ 13 bilhões previstos para ajudar a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que subsidia as tarifas do setor elétrico, neste ano. Desse total, R$ 9 bilhões tinham sido aprovados no Orçamento Geral da União e R$ 4 bilhões fazem parte do pacote de socorro ao setor elétrico anunciado em março.
Além do aporte de R$ 4 bilhões à CDE, a ajuda ao setor contou com empréstimo de R$ 11,2 bilhões à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica para as empresas de energia poderem arcar com os custos da energia termelétrica, mais cara que a hidrelétrica, e com as compras de energia no mercado de curto prazo. A linha de crédito tem como objetivo ajudar as distribuidoras a ter caixa até o fim da estiagem e a volta das chuvas, prevista para o fim do ano.
No entanto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou, em apenas dois meses, duas parcelas do empréstimo que somam R$ 9,75 bilhões. As empresas alegam que uma nova operação de crédito pode ser necessária.