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Haddad afirma que PIB surpreendeu positivamente no 2º tri e deve atingir 3% este ano

IBGE anunciou nesta sexta-feira que o PIB do Brasil cresceu 0,9% no segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores

1 set 2023 - 12h10
(atualizado às 16h11)
Fazenda: PIB do 2º tri coloca viés de alta para estimativa de crescimento de 2,5% em 2023
Fazenda: PIB do 2º tri coloca viés de alta para estimativa de crescimento de 2,5% em 2023
Foto: BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os números do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, anunciados nesta sexta-feira, surpreenderam positivamente e superaram as estimativas feitas por sua pasta, apontando para um crescimento de 3% da economia brasileira neste ano.

Em entrevista a jornalistas em São Paulo para comentar os dados da economia brasileira no segundo trimestre, divulgados mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Haddad disse ainda que, se o Congresso aprovar medidas econômicas que o governo têm enviado ao Legislativo, o país seguirá colhendo os frutos na forma de um bom desempenho da economia.

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"A gente fica feliz que as projeções do início do ano feitas pelo Ministério da Fazenda estejam sendo superadas e o crescimento do PIB esse ano deve atingir a marca de 3%", disse Haddad a jornalistas no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo.

"Isso dá força para a agenda econômica. Nós temos um conjunto de medidas que foi para o Congresso Nacional. Nós estamos à disposição das lideranças... Tenho segurança que se nós aprovarmos esse conjunto de medidas que foi para a Câmara dos Deputados, nós vamos continuar colhendo os frutos da melhoria da percepção da economia brasileira."

O IBGE anunciou nesta sexta-feira que o PIB do Brasil cresceu 0,9% no segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores, resultado bem acima da expectativa em pesquisa de Reuters de um avanço de 0,3%.

Embora tenha surpreendido, o resultado dá início a um esperado movimento de arrefecimento da atividade que deve se prolongar pelo segundo semestre, em meio aos efeitos da política monetária restritiva e do esvaziamento do forte impulso do setor agrícola visto no primeiro trimestre deste ano.

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Na entrevista em São Paulo, Haddad reconheceu preocupação com a arrecadação no mês de julho e disse que o desempenho no terceiro trimestre será chave para as projeções da pasta para o fim do ano.

Ao mesmo tempo, o ministro também reiterou o compromisso da equipe econômica com a meta de zerar o déficit primário do país no ano que vem. Ele disse que o arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso Nacional é a garantia de que o governo equilibrará suas contas no futuro, e avaliou que quanto mais cedo isso acontecer, melhor.

"O arcabouço fiscal é a garantia de que nós vamos fechar essa conta em algum momento do futuro. Receitas e despesas vão se equilibrar. Quanto mais cedo isso acontecer, melhor para a economia brasileira. Nós vamos lutar para isso acontecer ano que vem", disse.

"A equipe (econômica) está segura que nós vamos melhorar o desempenho fiscal do país no ano que vem se as medidas enviadas para o Congresso forem aprovadas... Vamos perseguir os resultados que foram endereçados. Não tem ninguém disposto a abrir mão. O resultado pode até ser melhor, pode ser um pouco pior ou melhor. Por isso que a meta de primária tem banda."

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Por Fernando Cardoso

(Texto de Eduardo Simões - Edição de Pedro Fonseca)

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