Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as reuniões sobre corte de gastos já acabaram e que os chefes de outras pastas estão conscientes da necessidade de ajustes.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse acreditar que a rodada de reuniões convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com chefes de outras pastas, para debater o corte de gastos, já acabou. A jornalistas, na manhã desta quarta-feira, 6, Haddad afirmou que os ministros do governo estão conscientes da necessidade de se realizar os ajustes e manter as contas dentro do Arcabouço Fiscal.
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"Acredito que o dia de ontem foi muito bom, penso que concluímos todas as conversas. Vamos dar uma devolutiva para ele [o presidente Lula] assim que ele for informado de que o trabalho da Casa Civil, da Fazenda e do Planejamento está concluído e vamos dar a devolutiva das impressões recebidas", afirmou Haddad.
Depois da devolutiva, a expectativa é que Lula encaminhe as propostas de cortes para o Congresso. O ministro acredita que o petista vai buscar conversar com os presidentes da Câmara e do Senado antes da pauta ser levada a plenário.
A eleição do Republicano Donald Trump nos Estados Unidos também foi trazida à tona na conversa com a imprensa. Para Haddad, "o dia amanheceu mais tenso, em função do que foi dito na campanha [de Trump]".
"Na campanha, foram ditas muitas coisas que causam apreensão, não no Brasil, mas no mundo inteiro. Causam apreensão nos mercados emergentes, causam apreensão nos países endividados, na Europa", afirmou o ministro.
Em seguida, ele complementou que não é possível prever o que significa a eleição de Trump ainda. "As coisas às vezes não se traduzem da maneira como foram anunciadas e o discurso após os primeiros resultados, já é um discurso mais moderado do que o da campanha. Então nós temos que aguardar um pouquinho e cuidar da nossa casa, cuidar do Brasil, cuidar das finanças, cuidar da economia para ser o menos afetado possível", afirmou Haddad.
Sobre uma possível influência das eleições nos EUA sobre a eleição presidencial de 2026, no Brasil, Haddad disse não ver correlação.
"Não tem um casamento de eleições entre o Brasil e os Estados Unidos, não se dá assim, não tem um automatismo em relação a isso. Existe um fenômeno de extrema-direita no mundo crescente, isso todos os analistas políticos, inclusive dos Estados Unidos, estão dizendo, é um crescimento da extrema-direita significativo", considerou.