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Haddad descarta recessão e atribui retração do PIB a juros altos

Os comentários vieram depois de o IBGE ter informado mais cedo que o Produto Interno Bruto encolheu 0,2% no quarto trimestre de 2022

2 mar 2023 - 13h34
(atualizado às 14h10)
Fernando Haddad
Fernando Haddad
Foto: Adriano Machado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 2, não trabalhar com a possibilidade de recessão econômica e afirmou que a retração do PIB verificada no último trimestre de 2022 é um reflexo da alta dos juros promovida pelo Banco Central em reação a medidas tomadas pelo governo anterior no período eleitoral.

"Todo o desafio do Ministério da Fazenda, da área econômica, é reverter esse quadro e promover uma curva ascendente do crescimento do PIB. Neste momento, ela está descendente", afirmou Haddad a jornalistas na portaria do ministério.

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Haddad disse que não trabalha com a perspectiva de uma recessão, que pode ser caracterizada por dois trimestres consecutivos de retração da atividade. "Mas evidentemente a manutenção das taxas nesse patamar enseja...uma desaceleração da economia", acrescentou.

Os comentários vieram depois de o IBGE ter informado mais cedo que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 0,2% no quarto trimestre de 2022 sobre o trimestre imediatamente anterior, mas acumulou no ano uma alta de 2,9%.

Questionado sobre a política de preços para os combustíveis, Haddad disse que o tema está sendo tratado pelo Ministério de Minas e Energia e que a ideia é "encontrar alternativas para que não pese no bolso do consumidor as eventuais variações de preço internacional que penalizaram muito o consumidor no último governo".

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