O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo está analisando quais estatais geram recursos suficientes para se autossustentar e, consequentemente, deixar de depender de recursos do orçamento federal. A fala foi feita nesta quarta-feira, 16, a jornalistas.
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Na ocasião, o ministro se queixava de informações divergentes que haviam sido veiculadas anteriormente, que davam a entender que as estatais sairiam do escopo do arcabouço fiscal.
"O objetivo é fazer com que estatais dependentes dependam menos do orçamento federal e eventualmente possam inclusive se emancipar de aportes do orçamento para se manter. Porque hoje tem algumas estatais que dependem do governo federal e podem deixar de depender. Esse é o objetivo da medida. Não tem nada a ver com o arcabouço fiscal. Tem a ver com torná-las viáveis do ponto de vista econômico e menos dependentes", afirmou.
Haddad complementou que o governo está focado em revisar os gastos públicos para mantê-los dentro do arcabouço fiscal. Ele repetiu o que disse em um evento na segunda-feira, 14, de que era preciso fazer "a soma das partes caber no todo".
"O que está traçado daqui para o final do ano é que essa agenda seja prioritária, e nós continuamos trabalhando em outras agendas. Ontem a Câmara aprovou a urgência do PL de seguros. O Senado já se comprometeu a apoiar as cooperativas de seguro. Tem uma agenda em curso de crédito, tributária e de seguro. Reformas importantes que aumentam o PIB potencial. Então, essa é a agenda nossa daqui para o final do ano", disse o ministro.
Quando perguntado sobre o uso da multa do FGTS para financiar o seguro-desemprego, Haddad afirmou que informações vinculadas a esse assunto ainda estão em estudo pela área técnica do governo. "Como é que você vai explicar exercícios que estão sendo feitos por técnicos? Isso só vai levar preocupação para as pessoas", disse.