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Haddad diz que pacote fiscal será fechado na quinta-feira, não prevê data para anúncio

6 nov 2024 - 20h59

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo terá na manhã de quinta-feira uma reunião para fechar o pacote de medidas fiscais, ressaltando que ainda há dois "detalhes" a serem discutidos.

"A reunião para fechar as medidas fiscais ficou para amanhã às 9h, 9h30", disse em entrevista a jornalistas na saída da Fazenda nesta quarta-feira.

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Questionado, ele não respondeu quando deverá ser feito o anúncio das medidas, muito aguardado pelos mercados financeiros, e destacou que a decisão sobre como a divulgação será feita está a cargo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo ele, deve querer apresentar as propostas para os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

"Resolvidos esses detalhes, a questão é como que o presidente vai decidir dialogar com as duas Casas, mas eu quero crer que, no final da manhã de amanhã, nós vamos estar com essas questões decididas", disse o ministro.

Haddad também não falou sobre o teor do pacote, mas disse que devem ser enviadas ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei complementar.

Mais cedo, Lula afirmou que não pode adiantar quais propostas estão sendo discutidas pelo governo porque o pacote ainda não está fechado. Segundo duas fontes que participam das discussões, o anúncio só deve ocorrer na próxima semana.

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Sobre uma suposta resistência de membros do governo em relação a algumas da propostas em análise, como mudanças em benefícios trabalhistas e previdenciários, o ministro destacou que Lula incluiu todas as pastas nas discussões, que chegaram próximas a um consenso.

"O presidente quis fazer uma metodologia de trabalho para envolver todo o governo na convergência em relação à necessidade. Isso que é o mais importante. Todo mundo convergiu", disse. "Nem todos os exercícios que estão sendo feitos estão sendo considerados politicamente."

Questionado sobre se as medidas chegarão em linha com expectativas do mercado financeiro, que tem reagido com desconfiança e fortes expectativas para o anúncio, Haddad disse que as propostas estarão "em linha com as contas do Tesouro Nacional".

Já sobre a articulação com o Legislativo, ele destacou que as medidas tem sido estudadas de acordo com o "custo-benefício político" das chances de aprovação no plenário das Casas.

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